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17 de jan. de 2012

Encontrado crânio de predador que vivia há 260 milhões de anos no Brasil

Carnívoro mais antigo da América do Sul apresenta semelhanças com animais que habitavam a Rússia

Maria Fernada Ziegler, iG São Paulo | 16/01/2012 19:07
 
 

Foto: Divulgação
Animal media três metros de comprimento e pesava mais que um leão
Pesquisadores encontraram o fóssil de uma nova espécie de predador da era Paleozóica em um sítio em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. O animal viveu no sul do Brasil muito antes dos dinossauros e a análise do fóssil traz informações importantes de como era o cenário da região há mais de 260 milhões de anos, pois o Pampaphoneus biccai é o mais antigo carnívoro terrestre encontrado na América do Sul.
A análise do crânio do animal mostrou que ele media aproximadamente três metros de comprimento e pesava mais que um leão. De acordo com os pesquisadores, apesar do aspecto geral, ele não era um réptil, nem um dinossauro. Análises dos ossos mostraram que se trata de um terápsido – animal da linhagem que deu origem aos mamíferos atuais.
Os terápsidos habitavam a Rússia, Casaquistão, China e África do Sul. De acordo com Juan Carlos Cisneros, da Universidade Federal do Piauí e um dos autores do estudo, a semelhança entre Pampaphoneus biccai e outros animais que habitavam outras regiões do planeta indica que a fauna terrestres do supercontinente Pangea tinham uma distribuição global já há 260 milhões de anos. Cisneros afirma que normalmente é aceito que os animais passaram a se dispersar no Triássico, entre 251 e 199 milhões de anos atrás.
“Na Era Paleozóica - entre 540 milhões e 250 milhões de anos atrás - o fato de os continentes estarem se juntando contribuiu para uma troca entre a fauna e a flora destas regiões que hoje são tão distantes no globo”, disse Juan carlos Cisneros, um dos autores do estudo publicado no periódico científico Proceedings of the National Science.
Fósseis de animais do período do Pampaphoneus biccai são raros em todo o mundo. Estudos anteriores identificaram fósseis de herbívoros daquela época, como o pareiassauros e o anomodonte Tiarajudens eccentricus. Cisneros acredita que com a descoberta de um grande predador será mais fácil obter um panorama do ecossistema naquele período.
Ainda é preciso fazer mais análises no animal. “Ainda não sabemos se ele punha ovos, tinha pelos ou sangue quente”, afirma Cisneros. A espécie recebeu o nome de Pampaphoneus biccai, que significa “matador dos pampas”. O nome da espécie, biccai, é uma homenagem a José Bicca,proprietário da fazenda onde foi realizado o achado em 2008.
 http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/encontrado-cranio-de-predador-que-vivia-ha-260-milhoes-de-anos-n/n1597580238029.html

12 de jan. de 2012

Astrônomos encontram menor sistema planetário do universo

Três planetas rochosos giram ao redor de uma estrela seis vezes menor que o Sol

EFE | 12/01/2012 09:49
 

Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA
Na ilustração do sistema planetário, os três planetas rochosos giram ao redor de uma única estrela
Uma equipe de astrônomos encontrou o menor sistema planetário detectado até agora, formado por três planetas rochosos que giram ao redor de uma única estrela, que está a 130 anos-luz na constelação Cygnus, informou nesta quarta-feira a Nasa (agência espacial americana).
Com os dados do observatório espacial Kepler, os astrônomos encontraram três pequenos planetas orbitando ao redor da estrela chamada KOI-961, uma anã vermelha com diâmetro seis vezes menor que o Sol.
Os três parecem ser rochosos, como a Terra, mas estão mais perto de sua estrela, tornando-se quente demais para a existência água líquda, um dos elementos fundamentais para a vida.

Dos mais de 700 planetas confirmados que orbitam outras estrelas, denominados exoplanetas, poucos são rochosos, no entanto, a Nasa destaca que já que as anãs vermelhas são o tipo mais comum de estrela na Via Láctea, esta descoberta aponta que, apesar de serem menos comuns, a galáxia poderia estar cheia de planetas rochosos similares.
O Kepler vigia mais de 150 mil estrelas na busca por planetas ou candidatos a planetas, que detecta pelo descenso no brilho dos astros causado pelo cruzamento ou trânsito de planetas.
O principal pesquisador da missão Kepler no Instituto de Ciências Exoplanetárias da Nasa em Pasadena, John Johnson, confirmou que é "o menor sistema solar encontrado até agora".
Johnson destacou que, este sistema se parece mais com Júpiter e suas luas, que qualquer outra descoberta até agora, o que demonstra "a diversidade de sistemas planetários em nossa Galáxia".
O anúncio da descoberta foi realizado durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, que este ano acontece em Austin, no Texas.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/astronomos-encontram-menor-sistema-planetario-do-universo/n1597568108241.html