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4 de nov. de 2012

Celacanto, o peixe-dinossauro, desafia a evolução das espécies e a imaginação do homem

Parado no tempo: A descoberta do peixe-dinossauro

por Carla Aranha



Uma das maiores descobertas da zoologia no século 20 foi feita passo a passo. Tudo começou em 1938, quando um pescador fisgou um peixe diferente no Oceano Índico, na costa da África do Sul. O peixe era tão estranho que foi parar no museu marítimo local. Por comparações com fósseis, chegou-se a uma conclusão fantástica: tratava-se de um ser pré-histórico, o celacanto, originado há 410 milhões de anos e que se imaginava extinto há 65 milhões de anos. Chamada de “fóssil vivo”, a criatura é um parente próximo dos peixes que saíram do mar e se tornaram répteis em terra firme, dando origem, entre outras coisas, aos seres humanos. Mas o máximo que se sabia era sua idade aproximada.
No ano 2000, o cientista alemão Hans Fricke, um dos maiores estudiosos do celacanto, descobriu uma colônia inteira do peixe no fundo do mar, na costa da África do Sul, a mais de 200 metros de profundidade. Foi a primeira vez que se pôde observar vários peixes-dinossauros juntos. Sensores elétricos colocados nos celacantos permitiram estudar seus hábitos, que são bem diferentes dos de outras espécies marinhas e fluviais. Eles têm, por exemplo, um timing único entre os peixes. A cada final de tarde saem das cavernas onde moram, no mesmo horário, para buscar comida – geralmente, peixes pequenos. Também foi possível observar in loco seus movimentos. E os cientistas envolvidos no estudo da evolução das espécies vibraram: as nadadeiras do peixe-dinossauro movem-se de um jeito parecido ao dos braços e pernas dos humanos.
Os celacantos também conseguem levantar um pouco a cabeça, graças a um simulacro de espinha dorsal – como nos mamíferos –, além de terem um rabo largo e comprido jamais visto antes em outro peixe. O celacanto pode medir mais de 1,5 metro e pesar 90 quilos. Os estudos continuam. Fricke e cientistas dos mais renomados centros de pesquisa do mundo agora querem descobrir como o celacanto conseguiu sobreviver ao fenômeno que provocou o desaparecimento dos dinossauros, há 65milhões de anos, e de que forma ele se relaciona com a cadeia evolutiva que deu origem ao ser humano. Num futuro próximo, o velho ditado “filho de peixe, peixinho é” deverá se tornar mais popular do que nunca.

O impacto da descoberta

A colônia de peixe-dinossauro encontrada nas profundezas do Oceano Índico, em 2000, lançou luz sobre uma espécie que está diretamente relacionada ao processo evolutivo que deu origem ao homem

Parentes

Primos mais evoluídos foramencontrados na Indonésia
Em 1998, os cientistas Mark Erdmann e Roy Caldwell, da Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA), descobriram, para surpresa geral, uma nova espécie do peixe-dinossauro na Indonésia. Até então, acreditava-se que o celacanto vivia apenas nas águas da África do Sul, no Oceano Índico, onde havia sido encontrado inicialmente. Testes de DNA indicaram se tratar de um parente evoluído, originado entre 4 e 6 milhões de anos atrás. É uma descoberta importante não apenas para a biologia, mas também para a geologia.
Separados por 10 000 quilômetros de ocano, distância entre a África do Sul e a Indonésia, os primos apresentam nove características físicas diferentes, checadas em testes de DNA. Segundo os cientistas, deve ter havido um impactante evento geológico capaz de ter afastado as espécies há mais de 6 milhões de anos. “Os testes mostraram que os primos mais novos evoluíram, enquanto os mais antigos pouco ou nada mudaram, o que denota que eles foram separados”, diz Erdmann.
Os cientistas continuam escarafunchando as profundezas do Índico, na Ásia e na África, em busca de novas colônias do peixe-dinossauro – hoje, estima-se que existam 1 000 exemplares, principalmente na costa africana.  http://super.abril.com.br/mundo-animal/parado-tempo-descoberta-peixe-dinossauro-445171.shtml

3 de nov. de 2012

Arqueólogos búlgaros descobrem cidade pré-histórica mais antiga da Europa

Assentamento de 350 pessoas, com 6700 anos de idade, perto da cidade de Provadia, foi u rico centro produtor de sal

AFP |
AFP

AP
Restos do muro da cidade pré-histórica encontrada em Provadia, considerada a mais antiga da Europa

Arqueólogos anunciaram a descoberta da cidade pré-histórica mais antiga da Europa no leste da Bulgária, onde foi encontrada também uma arcaica produção de sal, que teria sido a origem de grandes riquezas descobertas no local.
Escavações feitas no sítio, próximo à cidade moderna de Provadia, até agora revelaram os vestígios de um assentamento de casas de dois pavimentos, uma série de buracos no chão usados em rituais, assim como pedaços de um portão, estruturas de uma fortaleza e três muros de fortificação posteriores, todos com datação de carbono referente aos períodos Calcolítico (Idade do Cobre) médio e tardio, entre 4.700 e 4.200 anos antes de Cristo.

AP
Esqueletos de um adulto e duas crianças encontrados no cemitério da cidade pré-histórica descoberta na Bulgária

"Não estamos falando de uma cidade como as cidades-estado gregas, assentamentos antigos romanos ou medievais, mas do que arqueólogos concordam que tenha sido uma cidade no quinto milênio antes de Cristo", afirmou Vasil Nikolov, pesquisador do Instituto Nacional de Arqueologia da Bulgária, após anunciar as descobertas no começo do mês.
Nikolov e sua equipe trabalham desde 2005 em escavações do assentamento Provadia-Solnitsata, situado perto do resort de Varna, no Mar Negro.
Uma pequena necrópole também foi encontrada, mas ainda precisa ser estudada mais a fundo e poderá manter os cientistas ocupados por gerações.
O arqueólogo Krum Bachvarov, do Instituto Nacional de Arqueologia, afirmou que sua última descoberta é "extremamente interessante" devido às posições peculiares de sepultamento e dos objetos descobertos nas sepulturas, que são diferentes dos de outras sepulturas neolíticas encontradas na Bulgária.
"Os enormes muros no entorno do assentamento, que foram construídos muito altos e com blocos de pedra, também são algo que até agora não tinha sido visto em escavações de sítios pré-históricos no sul da Europa", acrescentou Bachvarov.

Bem fortificada, com um centro religioso e, mais importante, um grande centro de produção para uma commodity específica que foi comercializada por toda parte, o assentamento de cerca de 350 pessoas encontrou todas as condições para ser considerada a mais antiga "cidade pré-histórica" conhecida na Europa, afirmou a equipe.
"Em uma época em que não se conhecia a roda e a carroça, estas pessoas arrastaram enormes rochas para construir muros enormes. Por quê? O que escondiam atrás deles?", questionou Nikolov.

A resposta é o sal.
Precioso como ouro
A área é rica em grandes depósitos de sal rochoso, uns dos maiores no sul da Europa e o único a ser explorado até o sexto milênio antes de Cristo, disse Nikolov.
Isto é o que faz de Provadia-Solnitsata um local tão importante.
Atualmente, o sal ainda é extraído no local, mas 7.000 anos atrás, tinha uma importância completamente diferente.
"O sal foi uma commodity extremamente valorizada em épocas antigas, por ser necessário tanto para as vidas das pessoas e como um método de comércio e moeda a partir do sexto milênio a.C. até o ano 600 a.C.", explicou o cientista.
A extração de sal no local começou em 5.500 anos a.C., quando as pessoas começaram a ferver salmoura de uma fonte vizinha em estufas encontradas dentro do assentamento, disse Nikolov, citando os resultados de datação de carbono de um laboratório britânico em Glasgow, Escócia.
"Esta é a primeira vez no sul da Europa e no oeste de Anatólia que os arqueólogos encontraram traços de produção de sal em uma época tão remota, o fim do sexto milênio a.C., e conseguiram prová-la com dados arqueológicos e científicos", confirmou Bachvarov.
A produção de sal saiu do assentamento por volta do fim do sexto milênio e a produtividade aumentou gradualmente. Após ser fervido, o sal era cozido para formar pequenos tijolos.
Nikolov disse que a produção cresceu de forma permanente a partir de 5.500 a.C., quando uma carga das estufas de Provadia-Solnitsata rendia cerca de 25 quilos de sal seco. Por volta de 4.700 a 4.500 a.C., este volume tinha aumentado para 4.000 a 5.000 quilos de sal.
"Em uma época em que o sal era tão precioso quanto o ouro, você imagina o que isto significou", afirmou.
O comércio de sal deu à população local grande poder econômico, o que poderia explicar os bens em ouro encontrados em seputuras da Necrópole de Varna e que remontam a 4.300 a.C., sugerou Nikolov.

24 de ago. de 2012

Garoto de 15 anos descobriu teste para diagnosticar câncer de pâncreas

Antes de tornar realidade um teste mais sensível, rápido e barato para detectar o câncer de pâncreas, Jack Andraka foi rejeitado por 199 pesquisadores

Leoleli Camargo , iG São Paulo |
Jack Andraka – guarde esse nome – tem 15 anos. Em maio deste ano ele venceu a Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel com um projeto que pode mudar a história do câncer de pâncreas: um teste para detectar a doença 68 vezes mais rápido, 400 vezes mais sensível e 26 mil vezes mais barato que o padrão usado hoje para detectar a doença, inventado nos anos 50 
A doença que vitimou um familiar de Jack e inspirou o jovem a pesquisar uma forma de detectá-la antes que ela se espalhe para o resto do corpo, tem um prognóstico sombrio: menos de 2% dos diagnosticados em estágio avançado sobrevivem.

BBC
Jack com o sensor de nanotubos: potencial revolução no diagnóstico do câncer de pâncreas

“Eu pensei: se fosse possível diagnosticar essa doença em estágios bem iniciais, as chances de sobrevivência aumentariam muito”, conta ele.
Munido de vontade, curiosidade e uma bagagem científica incomum para garotos da idade dele, Jack se embrenhou no tema e bolou o teste unindo conceitos estudados nas aulas de Biologia com o que havia lido em um artigo sobre nanotubos – estruturas milhares de vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo.
“Eles têm propriedades incríveis, são como super-heróis da Ciência.”
Como ele conseguiu fazer isso? Filho mais novo de uma médica e um engenheiro civil, ele foi estimulado desde cedo a encontrar por si as respostas para as dúvidas que tinha sobre as coisas. Além de inteligente e esforçado, claro, Jack foi perseverante. Decidido a concretizar a ideia do teste, ele escreveu para nada menos que 200 pesquisadores norte-americanos apresentando o projeto de pesquisa e pedindo espaço em laboratório para trabalhar nele. Apenas um respondeu que sim. Ainda bem.
Jack conversou com o iG pelo telefone, do laboratório que aceitou abrigá-lo e incentivá-lo. Hoje, ele estuda meios de viabilizar comercialmente o teste. Jack Andraka – guarde esse nome – tem 15 anos. Veja a seguir a entrevista.
iG: Quando você começou a se interessar por ciências?
Jack Andraka: Eu tinha uns três anos quando meu pai comprou para mim e para o meu irmão [ dois anos mais velho ] uma maquete de plástico de um rio, com água e tudo. Nós ficamos brincando com aquilo o dia inteiro, observando a corrente e colocando os mais diferentes objetos nela, para ver o que afundava, o que seguia o curso da água e o que mudava a corrente. A gente queria respostas. Queria entender como aquilo acontecia. Acho que o interesse despertou a partir daí.
iG: Quanto tempo depois disso você começou a participar de competições de ciências?
Jack Andraka: A primeira competição foi na 6ª série, com 12 anos. Eu adaptei um dispositivo de segurança para evitar que o fluxo de água nas quedas d’água de pequenas represas cause afogamentos.
iG: Você venceu?
Jack Andraka: Eu tinha 10 anos e como estava na 6ª série, não podia participar do prêmio da Intel, porque aqui nos EUA ele é apenas para estudantes de ensino médio. Mas tirei segundo lugar na versão internacional do mesmo prêmio com esse projeto.
iG: Como você teve a ideia do projeto vencedor do prêmio internacional deste ano?
Jack Andraka: Eu escolhi um tema que me interessava na época. O câncer de pâncreas teve um impacto importante na minha família, nós perdemos um parente com a doença. Aí fui pesquisar sobre ela e descobri que 85% dos casos são diagnosticados em estágios avançados, quando o câncer já está espalhado pelo corpo e os pacientes em geral têm menos de 2% de chances de sobrevivência. Eu pensei: se fosse possível diagnosticar essa doença em estágios bem iniciais, as chances de sobrevivência aumentariam muito.
iG: E você simplesmente decidiu fazer isso?
Jack Andraka: Bem, eu fui atrás de todas as formas conhecidas de diagnóstico desse tipo de câncer e descobri uma proteína chamada mesotelina, que está presente no câncer de pâncreas, assim como nos de ovário e pulmão. A ideia veio mesmo numa aula de biologia. Estávamos aprendendo sobre anticorpos, essas estruturas produzidas pelo sistema imunológico. No câncer que eu estava estudando, os anticorpos se ligavam apenas à mesotelina. Na mesma época, li um artigo muito legal sobre nanotubos de carbono. Você sabia que essas estruturas têm o diâmetro 150 mil vezes menor do que o de um fio do seu cabelo?

 

iG: Nossa, não tinha ideia de que eram tão pequenas...
Jack Andraka: Sim, os nanotubos têm propriedades incríveis, são
como super-heróis da Ciência. Ok, o que fiz foi meio que conectar essas duas ideias. Eu inventei um sensor de nanotubos de carbono e anticorpos capaz de identificar a presença da mesotelina e dizer, baseado no quanto dessa proteína se liga aos anticorpos, se a pessoa tem câncer de pâncreas.
iG: Quanto tempo você levou para concretizar a ideia?
Jack Andraka: Foram ao todo 7 meses de muito trabalho.
iG: Onde você trabalhou? Em casa? No laboratório da escola?
Jack Andraka: Não, eu contatei 200 pesquisadores na Universidade Johns Hopkins e nos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos pedindo espaço em laboratório e apoio para desenvolver a minha pesquisa. Apenas um me disse sim [ Anirban Maitra, professor de Patologia, Oncologia e Engenharia Química e Biomolecular da Escola de Medicina da Johns Hopkins ]. Uns me responderam que não tinham espaço, outros que não tinham o equipamento, outros simplesmente não responderam. Quando finalmente fui aceito, cumpri um rigoroso processo para me transformar em um pesquisador e iniciei o trabalho.
iG: Durante a pesquisa, como ficou a escola? Você conseguia dar conta de tudo?
Jack Andraka: Normalmente eu consigo fazer todas as coisas da escola durante o período das aulas. Enquanto desenvolvia o projeto, eu ficava até tarde da noite no laboratório fazendo e refazendo os testes, então aproveitava o tempo entre eles para completar o dever de casa.
iG: Os seus pais não reclamavam de você ficar até tarde da noite trabalhando?
Jack Andraka: Meus pais não reclamavam, pelo contrário. Eles sempre valorizaram o trabalho e o esforço. Acho que só consegui chegar até aqui porque como pais eles me ajudaram e me incentivaram.
iG: Com todas essas atividades, você consegue passar algum tempo com os amigos e a família? Aliás, você tem namorada?
Jack Andraka: Não tenho namorada. Mas eu gosto de socializar sim. Este ano, com todo o trabalho no projeto, a minha vida social ficou um pouco comprometida, mas os meus amigos me apoiam e entendem isso. E continuam meus amigos.
iG: Depois da vitória no prêmio da Intel você foi contatado por algum interessado em produzir e vender o seu teste?
Jack Andraka: Sim, já fui contatado por sete empresas de biotecnologia interessadas em produzir o teste. Estou aguardando a conclusão do processo de patente, ainda não decidi que direção quero tomar.
iG: Além do câncer, quais outras áreas você ainda gostaria de pesquisar?
Jack Andraka: Eu definitivamente gosto de Biologia, mas também tenho interesses em Física e Química. Então venho tentando combinar essas três coisas nos meus próximos projetos.
iG: Já pensou sobre a faculdade? O que pretende cursar e onde deseja estudar?
Jack Andraka: Hum...não tenho a mínima ideia de onde ou o que vou estudar. Há tantas opções hoje em dia e tanta gente com diploma. Não sei se quero seguir esse caminho.
iG: O seu histórico e a sua mais recente invenção geraram uma grande expectativa em torno da sua performance no concurso do próximo ano. Como você lida com isso?
Jack Andraka: Acho que será um novo desafio. Quero participar do concurso do ano que vem e pretendo me divertir com isso. Só quero seguir pesquisando.

11 de ago. de 2012

Explorador Curiosity aterrissa em Marte 2012




Washington, 6 ago (EFE).- O veículo explorador Curiosity pousou hoje em Marte ao término de uma viagem de 567 milhões de quilômetros e no começo de uma missão de dois anos na busca de provas de vida no planeta vermelho.

A Nasa confirmou que a nave de uma tonelada, após uma complexa manobra durante "sete minutos de terror" desde sua entrada na atmosfera marciana, pousou na cratera Gale.

"Estou inteiro e a salvo na superfície de Marte", diz uma mensagem no blog da Nasa, que deu lugar a uma comemoração com aplausos e abraços entre o pessoal de sala de controle do Laboratório de Propulsão em Pasadena, Califórnia.

"Cratera Gale, aqui estou!", acrescentou a mensagem enviada de 248 milhões de quilômetros, nesta bem-sucedida fase de uma missão com um orçamento de US$ 2,5 bilhões.

Tal como tinha sido planejado, a cápsula abriu um gigantesco paraquedas quando estava a cerca de 11 metros de altura para frear a queda.

A cerca de 20 metros do solo, um sistema baixou o Curiosity, que abriu suas seis pernas de rodas e iniciou sua aventura em Marte.

http://blogs.discoverybrasil.uol.com.br/noticias/2012/08/a-sonda-curiosity-aterrissa-em-marte.html

18 de jul. de 2012

Astrônomos afirmam ter feito observação espacial mais precisa da história

Telescópios no Chile, Hawaii e Arizona atingem uma precisão dois milhões de vezes melhor que a da visão humana

iG São Paulo | - Atualizada às
ESO/M. Kornmesser
Impressão artística do quasar 3C 279, que foi observado a partir da ligação de três telescópio

Astrônomos conseguiram observar o coração de um quasar distante, com uma precisão sem precedente e equivalente a dois milhões de vezes melhor que a visão humana. Para fazer a observação direta mais precisa até hoje do centro de uma galáxia distante, Uma equipe internacional ligou, pela primeira vez, o telescópio Atacama Pathfinder Experiment (APEX) com dois outros telescópios no Havaí e no Arizona.

20 de mai. de 2012

Impacto de asteroide ainda lidera teoria sobre extinção dos dinossauros


Pesquisadores avaliam se animais já estavam entrando em declínio antes de asteroide se chocar com a Terra

The New York Times |
Foto: Getty Images Ilustração mostra T.rex enquanto asteroide atinge a Terra
Faz cerca de 30 anos que os cientistas debatem o que determinou o destino dos dinossauros. Seria o impacto de um asteroide o único responsável pela catastrófica extinção em massa no final do período Cretáceo, há 65 milhões de anos? Ou os dinossauros já estavam passando por um declínio e o asteroide foi apenas o golpe de misericórdia?
Assim, três jovens pesquisadores liderados por Stephen L. Brusatte, pós-graduando da Universidade de Columbia em Nova York e afiliado ao Museu Americano de História Natural, decidiram testar essa hipótese com um exame minucioso dos registros fósseis dos 12 milhões de anos que antecederam a extinção em massa.
Para o estudo, os investigadores se afastaram da prática de se concentrar quase exclusivamente na contagem do número de espécies ao longo do tempo. Ao invés disso, eles analisaram as mudanças na anatomia e planos corporais de sete grandes grupos de dinossauros do final do Cretáceo para terem uma ideia de suas trajetórias evolutivas.
Grupos que mostraram um aumento na variabilidade, por exemplo, podem ter evoluído para mais espécies, dando-lhes uma vantagem ecológica. Mas a diminuição da variabilidade pode representar um sinal de alerta de destruição.

Em ciência, infelizmente, nem todos os projetos atendem às ambições dos pesquisadores. Os resultados desse projeto foram desiguais e, de modo geral, inconclusivos, relatou a equipe de Brusatte em um artigo publicado online na semana passada pelo periódico Nature Communications. Na melhor das hipóteses, revelando um aspecto positivo, a equipe escreveu que os "cálculos pintam um retrato com mais nuances dos últimos 12 milhões de anos da história dos dinossauros".
Como explicou Brusatte, o Cretáceo "não era um 'mundo perdido' estático que foi violentamente interrompido pelo impacto de um asteroide". Alguns dinossauros, disse ele, "estavam passando por mudanças drásticas nessa época, e grandes herbívoros parecem ter vivido um declínio de longo prazo, pelo menos na América do Norte".
Os resultados mostraram que os hadrossauros, conhecidos por seus bicos de pato, e os ceratopsídeos, conhecidos por seus chifres, eram dois grupos de herbívoros volumosos e que se alimentavam em massa (o que significa que comiam qualquer coisa e todas as coisas) e podem ter sofrido um declínio de diversidade nesse momento. Em contraste, pequenos herbívoros como os anquilossauros e paquicefalossauros, e os carnívoros tiranossauros e celurossauros, pareciam estar se mantendo estáveis ou até tendo um aumento na diversidade, assim como os enormes herbívoros saurópodes, como os apatossauros.
Os resultados não foram uniformes em diferentes continentes. Enquanto os hadrossauros diminuíram na América do Norte, sua diversidade parece ter aumentado em partes da Ásia. O registro fóssil em muitas regiões foi insuficiente para uma análise confiável, o que significa que o debate sobre a extinção continuará.
Além de Brusatte, os outros autores eram Richard J. Butler, da Universidade de Munique, Albert Prieto-Marquez, da Coleção de Paleontologia e Geologia do Estado da Baviera, em Munique, e Mark A. Norell, paleontólogo do Museu Americano e orientador de Brusatte.
Norell afirmou que o estudo sobre alterações esqueléticas em grupos de espécies ao longo do tempo foi "um caminho novo" para avaliar as suas perspectivas de sobrevivência a longo prazo. "Seria bom ter mais fósseis para ver o quanto esses resultados são reais", disse ele.
Paul C. Sereno, paleontólogo da Universidade de Chicago que não esteve envolvido no estudo, concordou que tais investigações sobre a vida no final do Cretáceo haviam sido "limitadas pela ausência de dados detalhados, que são realmente necessários". Ele questionou se a técnica de pesquisa, embora útil no estudo de invertebrados mais simples, poderia ser aplicada com sucesso aos dinossauros.
"É um estudo interessante e eles são pesquisadores de qualidade", disse Sereno, "mas eu não acho que ele altere o quadro geral: extinções não são processos simples, mas, em última análise, o asteroide foi o fator mais importante no final do Cretáceo".
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-05-20/impacto-de-asteroide-ainda-lidera-teoria-sobre-extincao-dos-dino.html


14 de abr. de 2012

Descoberta em caverna isolada bactéria resistente a antibióticos

Culturas de micróbios isolados por milhões de anos em caverna americana apresentaram resistência todos os antibióticos sintéticos

Maria Fernanda Ziegler, iG São Paulo | 14/04/2012 08:00

  
Isoladas: pesquisadores encontraram na caverna Lechuguilla bactérias resistentes a antibióticos
Bactérias encontradas em uma caverna isolada no estado americano do Novo México, nos Estados Unidos, apresentaram resistência a antibióticos. A descoberta é surpreendente, pois sugere que existem muito outros antibióticos ainda desconhecidos, que podem ser encontrados na natureza e usados para tratamentos de doenças ainda sem cura.
As bactérias encontradas na caverna Lechuguilla, isoladas do contato humano por mais de quatro milhões de anos, eram resistentes a quase todos os antibióticos sintéticos. Embora nenhuma delas fosse capaz de provocar doenças, nem nunca terem sido expostas a antibióticos, elas apresentavam alta resistência. “A maioria dos mecanismos de resistência eram similares ao que já observamos em bactérias patogênicas que infectam humanos, porém, alguns delas são novos, nem sabíamos que existiam”, disse ao iG Hazel Barton, da Universidade Akron, nos Estados Unidos e uma das autoras do estudo publicado no periódico científico Plos One.
As bactérias da caverna Lechuguilla apresentam um tipo de resistência que ainda não tinham sido observado até então. De acordo com Hazel, isto pode ajudar pesquisadores a se prepararem enquanto este tipo de resistência ainda não é um problema no mundo.
Até então, ainda não estava claro quanto da resistência das bactérias a antibióticos estava relacionada com a infinidade de antibióticos sintéticos que o homem vem usando nos últimos 70 anos. Com a descoberta, pesquisadores acreditam estar mais perto do entendimento sobre a origem da resistência aos medicamentos, que atualmente tem criado um sério problema para o tratamento de doenças infecciosas.
Antibióticos podem ser produzidos de forma sintética  ou naturalmente por organismos no solo. Um sistema complexo permite que as bactérias tenham vários caminhos criar imunidade contra a ação destes antibióticos, como alterando suas características ou remover a substância antes que ela provoque a morte dos organismos unicelulares. "Muitos destes mecanismos estão codificados por um único caminho genético. Nós suspeitamos, com base no novo estudo, que estes caminhos são muito antigos”, disse.
 

7 de mar. de 2012

Fóssil de verme revela origens do homem

Verme que viveu há 500 milhões de anos é o ancestral mais antigo dos vertebrados

AFP | 06/03/2012 10:22
Foto: Divulgação
Verme é o mais primitivo dos vertebrados conhecidos até agora
Paleontólogos britânicos e canadenses rastrearam as origens dos seres humanos e outros vertebrados a partir do estudo do fóssil de um verme que nadava nos oceanos há 500 milhões de anos, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (5).
Uma nova análise de fósseis encontrados nas Montanhas Rochosas do Canadá, na jazdida conhecida como Xisto de Burgess, na província da Columbia Britânica, determinou que o extinto Pikaia gracilens é o membro conhecido mais primitivo da família dos cordados, que inclui peixes, anfíbios, aves, répteis e mamíferos.
A pesquisa, publicada na revista britânica Biological Reviews, identificou uma notocorda (estrutura primitiva) que se tornaria parte da coluna vertebral dos vertebrados, assim como tecidos musculares chamados miômeros em 114 espécimes fósseis desta criatura.
Também encontraram um sistema vascular.
"A descoberta de miômeros é a prova irrefutável que vínhamos buscando há muito tempo", disse o autor principal do estudo, Simon Conway Morris, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

"Agora, com miômeros, um cordão nervoso, uma notocorda e um sistema vascular, todos identificados, este estudo situa claramente Pikaia como o cordado mais primitivo do planeta", afirmou Morris.
"Assim, da próxima vez que pusermos uma foto de família sobre a chaminé, lá no gundo estará o Pikaia", acrescentou.
Os primeiros exemplares de Pikaia gracilens foram coletados pelos exploradores pioneiros do Xisto de Burgess em 1911. No entanto, os cientistas passaram por alto pelos espécimes, considerados um antepassado das minhocas e das enguias.
Só na década de 1970, Morris sugeriu que este animal com cinco centímetros de comprimento, chato dos lados, e um pouco parecido com as enguias, que provavelmente nadavam movimentando seu corpo com curvas dos dois lados, poderia ser o membro mais antigo conhecido da família dos cordados.
Um espécime de Pikaia gracilens está em exibição no Museu Real de Ontário (ROM), e uma exposição maior no sítio de Burgess será organizada.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/fossil-de-verme-revela-origens-do-homem/n1597666010062.html

22 de fev. de 2012

Cientistas descobrem novo planeta composto por água em sua maior parte

Planeta, que possui temperatura de 232 graus Celsius, está a 40 anos luz da Terra

AFP | 22/02/2012 09:42
Foto: NASA/ESA Ampliar
Planeta GJ1214b (na ilustração) é composto principalmente por água e conta ainda com uma leve atmosfera de vapor
Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta, composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor, indicaram nesta terça-feira (21) o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (Cambridge, nordeste dos Estados Unidos) e a Nasa.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado "GJ1214b", descoberto em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa, e que, segundo recentes estudos de um grupo de astrônomos, tem "uma enorme fração de sua massa" composta de água, indica um comunicado conjunto.
Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno).
Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta", ressaltaram o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa em seu comunicado, onde explicam os estudos realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.
O "GJ1214b", situado a 40 anos luz da Terra, é considerado uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes seu peso.
Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 graus celsius).
Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura.
No entanto, suas observações também podem ter sido feitas em razão da presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.
O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor e os astrônomos conseguiram calcular depois a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-novo-planeta-composto-por-agua-em-sua-maior/n1597647717605.html

1 de fev. de 2012

Cientistas desenvolvem técnica para 'ler' pensamentos

Método que analisa sinais elétricos produzidos no cérebro é capaz de reconstruir som das palavras pensadas por pacientes

BBC Brasil | 01/02/2012 10:51


Foto: Getty Imagem
Pesquisadores monitoraram as ondas cerebrais de 15 pacientes
Cientistas americanos criaram um método para descobrir palavras nas quais pacientes estavam pensando, com base em suas ondas cerebrais.
A técnica, descrita na revista científica PLoS Biology, se baseia nos sinais elétricos nos cérebros de pacientes que ouviam diferentes palavras. Um computador foi depois capaz de reconstruir os sons nos quais os pacientes estavam pensando.
Segundo os pesquisadores, o método poderia ser usado no futuro para ajudar pacientes em coma ou com síndrome de encarceramento a se comunicar.

Imagens e sons
Estudos recentes vêm aperfeiçoando maneiras de "ler" pensamentos.No ano passado, a equipe do cientista Jack Gallant, da Universidade da Califórnia, Berkeley, desenvolveu uma maneira de relacionar os padrões de fluxo sanguíneo no cérebro a determinadas imagens nas quais os pacientes estavam pensando.
Agora, Brian Pasley, da mesma universidade, liderou uma pesquisa aplicando princípios semelhantes aos sons.
Sua equipe se concentrou no giro temporal superior (GTS), uma região do cérebro que não só é parte do aparato auditivo, mas também nos ajuda a entender linguisticamente os sons que ouvimos.
Palavra secreta
Os pesquisadores monitoraram as ondas cerebrais de 15 pacientes selecionados para cirurgia devido a epilepsia ou tumores, enquanto diferentes alto-falantes tocavam gravações contendo palavras e frases.
Eles usaram então um programa de computador para mapear que partes do cérebro reagiam, e de que forma, quando a pessoa ouvia diferentes frequências sonoras.
Depois, os pacientes recebiam uma lista de palavras e escolhiam uma na qual deveriam pensar. Com a ajuda do programa de computador, a equipe conseguia descobrir que palavra havia sido escolhida.
Eles conseguiram até reconstruir algumas das palavras, transformando as ondas cerebrais que eles viam de volta em som, com base nas interpretações feitas pelo computador.
"Este trabalho tem uma natureza dupla: a primeira é a ciência básica de entender como o cérebro funciona. A outra, do ponto de vista protético. Pessoas que têm problemas de fala poderiam usar um aparelho protético, quando elas não conseguem falar, mas conseguem pensar no que elas querem dizer", explicou um dos autores do estudo Robert Knight.
"Os pacientes estão nos dando estas informações, então seria bom podermos dar alguma coisa em troca no fim."
Os cientistas explicam, no entanto, que a ideia de "leitura de pensamento" ainda precisa ser amplamente aperfeiçoada para que aparelhos do tipo se tornem uma realidade.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/cientistas-desenvolvem-tecnica-para-ler-pensamentos/n1597609078730.html

17 de jan. de 2012

Encontrado crânio de predador que vivia há 260 milhões de anos no Brasil

Carnívoro mais antigo da América do Sul apresenta semelhanças com animais que habitavam a Rússia

Maria Fernada Ziegler, iG São Paulo | 16/01/2012 19:07
 
 

Foto: Divulgação
Animal media três metros de comprimento e pesava mais que um leão
Pesquisadores encontraram o fóssil de uma nova espécie de predador da era Paleozóica em um sítio em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. O animal viveu no sul do Brasil muito antes dos dinossauros e a análise do fóssil traz informações importantes de como era o cenário da região há mais de 260 milhões de anos, pois o Pampaphoneus biccai é o mais antigo carnívoro terrestre encontrado na América do Sul.
A análise do crânio do animal mostrou que ele media aproximadamente três metros de comprimento e pesava mais que um leão. De acordo com os pesquisadores, apesar do aspecto geral, ele não era um réptil, nem um dinossauro. Análises dos ossos mostraram que se trata de um terápsido – animal da linhagem que deu origem aos mamíferos atuais.
Os terápsidos habitavam a Rússia, Casaquistão, China e África do Sul. De acordo com Juan Carlos Cisneros, da Universidade Federal do Piauí e um dos autores do estudo, a semelhança entre Pampaphoneus biccai e outros animais que habitavam outras regiões do planeta indica que a fauna terrestres do supercontinente Pangea tinham uma distribuição global já há 260 milhões de anos. Cisneros afirma que normalmente é aceito que os animais passaram a se dispersar no Triássico, entre 251 e 199 milhões de anos atrás.
“Na Era Paleozóica - entre 540 milhões e 250 milhões de anos atrás - o fato de os continentes estarem se juntando contribuiu para uma troca entre a fauna e a flora destas regiões que hoje são tão distantes no globo”, disse Juan carlos Cisneros, um dos autores do estudo publicado no periódico científico Proceedings of the National Science.
Fósseis de animais do período do Pampaphoneus biccai são raros em todo o mundo. Estudos anteriores identificaram fósseis de herbívoros daquela época, como o pareiassauros e o anomodonte Tiarajudens eccentricus. Cisneros acredita que com a descoberta de um grande predador será mais fácil obter um panorama do ecossistema naquele período.
Ainda é preciso fazer mais análises no animal. “Ainda não sabemos se ele punha ovos, tinha pelos ou sangue quente”, afirma Cisneros. A espécie recebeu o nome de Pampaphoneus biccai, que significa “matador dos pampas”. O nome da espécie, biccai, é uma homenagem a José Bicca,proprietário da fazenda onde foi realizado o achado em 2008.
 http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/encontrado-cranio-de-predador-que-vivia-ha-260-milhoes-de-anos-n/n1597580238029.html

12 de jan. de 2012

Astrônomos encontram menor sistema planetário do universo

Três planetas rochosos giram ao redor de uma estrela seis vezes menor que o Sol

EFE | 12/01/2012 09:49
 

Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA
Na ilustração do sistema planetário, os três planetas rochosos giram ao redor de uma única estrela
Uma equipe de astrônomos encontrou o menor sistema planetário detectado até agora, formado por três planetas rochosos que giram ao redor de uma única estrela, que está a 130 anos-luz na constelação Cygnus, informou nesta quarta-feira a Nasa (agência espacial americana).
Com os dados do observatório espacial Kepler, os astrônomos encontraram três pequenos planetas orbitando ao redor da estrela chamada KOI-961, uma anã vermelha com diâmetro seis vezes menor que o Sol.
Os três parecem ser rochosos, como a Terra, mas estão mais perto de sua estrela, tornando-se quente demais para a existência água líquda, um dos elementos fundamentais para a vida.

Dos mais de 700 planetas confirmados que orbitam outras estrelas, denominados exoplanetas, poucos são rochosos, no entanto, a Nasa destaca que já que as anãs vermelhas são o tipo mais comum de estrela na Via Láctea, esta descoberta aponta que, apesar de serem menos comuns, a galáxia poderia estar cheia de planetas rochosos similares.
O Kepler vigia mais de 150 mil estrelas na busca por planetas ou candidatos a planetas, que detecta pelo descenso no brilho dos astros causado pelo cruzamento ou trânsito de planetas.
O principal pesquisador da missão Kepler no Instituto de Ciências Exoplanetárias da Nasa em Pasadena, John Johnson, confirmou que é "o menor sistema solar encontrado até agora".
Johnson destacou que, este sistema se parece mais com Júpiter e suas luas, que qualquer outra descoberta até agora, o que demonstra "a diversidade de sistemas planetários em nossa Galáxia".
O anúncio da descoberta foi realizado durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, que este ano acontece em Austin, no Texas.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/astronomos-encontram-menor-sistema-planetario-do-universo/n1597568108241.html