Total de visualizações de página

31 de dez. de 2011

Pesquisadores fazem robô controlar braço humano

Estudo de brasileiros e franceses mostra que controle de movimentos pode partir de um circuito e não de neurônios

AE | 30/12/2011 12:26
Em um experimento inédito, pesquisadores brasileiros e franceses mostraram que um robô pode controlar diretamente os movimentos de um braço humano, coordenando a execução de tarefas simples.
No estudo, o robô segurava uma pequena cesta e, por meio de estímulos elétricos, controlava o braço de um voluntário, que tinha uma bola na mão. O objetivo era fazer com que o voluntário, de olhos vendados, acertasse a cesta. Ser humano e máquina deveriam, portanto, atuar juntos, mas o controle caberia aos circuitos e não aos neurônios.

O experimento deu certo e os resultados foram apresentados em setembro na Conferência do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos sobre Robôs e Sistemas Inteligentes (IEEE-Iros, na sigla em inglês), em São Francisco (EUA).
Ao lado do francês Philippe Fraisse, dois brasileiros coordenaram o estudo, realizado no Laboratório de Informática, Robótica e Microeletrônica da Universidade Montpellier 2, na França.
Hoje, Antonio Padilha Lanari Bó realiza pesquisas em robótica na Universidade de Brasília. Ele explica que o experimento poderá ter aplicações clínicas, especialmente no auxílio a pessoas com paralisia ou doenças neurodegenerativas com impacto na coordenação motora.
"Sistemas robóticos podem oferecer uma grande ajuda na realização de tarefas básicas", aponta Padilha. "E, se fizerem isso contando com os movimentos que o paciente consegue realizar, podem contribuir para a reabilitação."
A técnica funciona em pessoas com lesões na medula espinhal, pois o estímulo age diretamente sobre músculos, sem a participação dos nervos.
Na realidade, a estimulação elétrica funcional (EEF) já é utilizada na reabilitação de pessoas com paralisia nos membros: os impulsos fazem com que músculos contraiam ou distendam, impedindo a atrofia das fibras. Contudo, o uso da EEF para coordenar movimentos e realizar tarefas concretas constitui uma abordagem pouco comum.
"E nosso trabalho é o primeiro a conjugar a EEF com a ação e o controle de um robô", afirma Bruno Vilhena Adorno, que tornou-se professor na Universidade Federal de Minas Gerais.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/pesquisadores-fazem-robo-controlar-braco-humano/n1597491201658.html

24 de nov. de 2011

Descoberto planeta habitável fora do Sistema Solar

Exoplaneta Gliese 581g apresenta condições ideais de vida, como possibilidade de água e temperatura semelhante à da Terra

iG São Paulo | 29/09/2010 19:14



Foto: Zina Deretsky, National Science Foundation
Como a Terra: exoplaneta Gliese 581g oferece indícios de que possa ser habitável
Astrônomos informaram hoje que pela primeira vez avistaram claramente um planeta fora do Sistema Solar com condições ideais de vida, onde pode existir água líquida na superfície do planeta. Se confirmado, este seria o exoplaneta mais parecido com a Terra já descoberto e o primeiro caso potencialmente habitável.

O planeta tem o do tamanho da Terra e três vezes a sua massa. Os pesquisadores estimaram que a temperatura de superfície do planeta seja entre - 31 e -12 graus Celsius - valores onde a vida humana possa existir. E acima de tudo, o novo planeta está muito próximo da Terra, apenas 20 anos luz de distância, na constelação de Libra.

O planeta está em torno da estrela anã vermelha Gliese 581, que tem outros planetas ao seu redor. Como o Sistema Solar, os planetas ao redor de Gliese 581 têm órbitas quase circulares. O novo planeta tem um período orbital (o que na Terra equivale a um ano) de menos de 37 dias. Sua massa indica que ele é provavelmente um planeta rochoso.

“Nossa descoberta representa um caso muito convincente para um planeta potencialmente habitável”, disse Steven Vogt, professor de Astronomia e Astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, que participou do estudo. ”O fato de termos detectado esse planeta tão rapidamente e tão perto da Terra nos diz que planetas como este devem ser muito comuns".

O estudo, realizado pela Universidade da Califórnia, Santa Cruz e pelo Instituto Carnegie, foi publicado hoje (29) no periódico científico Astrophysical Journal.
 Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/descoberto+planeta+habitavel+fora+do+sistema+solar/n1237787221889.html

17 de out. de 2011

Fóssil de gigantesco bicho preguiça pré-histórico

Museu de Ciências Naturais da PUC Minas guarda, entre outras coisas, fóssil de gigantesco bicho preguiça pré-histórico…

11 de out. de 2011

Maior vírus do mundo é descoberto no litoral do Chile

O megavírus tem o maior código genético de um vírus, abrigando mais de mil genes

AFP | 10/10/2011 19:38

Foto: Divulgação
Na imagem, a comparação entre o Megavírus e o Mimivírus (topo)
Um vírus encontrado no litoral do Chile é o maior do mundo, abrigando mais de mil genes e surpreendendo os cientistas que anunciaram a descoberta nesta segunda-feira (10). O genoma do Megavirus chilensis é 6,5% maior do que o código genético do recordista anterior, o Mimivirus, isolado em 2003.
Os vírus diferem das bactérias por serem menores em sua maioria, e por não poderem se reproduzir por conta própria, necessitando penetrar em uma célula hospedeira. Mas o M. chilensis é tão grande, que ultrapassa muitas bactérias em tamanho, e é o vírus de DNA mais complexo geneticamente já descrito.
O M. chilensis foi retirado de uma amostra de água do mar recolhida perto do litoral de Las Cruces, Chile. Seu organismo hospedeiro é desconhecido.
Os vírus de DNA incluem o poxvírus e o herpes vírus, mas o M. chilensis "não parece causar nenhum mal ao ser humano", indicou Jean-Michel Claverie, do Centro Nacional para a Pesquisa Científica da França (CNRS).
O estudo foi publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

5 de out. de 2011

Estudo faz macaco mexer e sentir objetos virtuais só com o pensamento

Experimento do brasileiro Nicolelis permitirá que paraplégicos manuseiem objetos tendo sensação tátil; leia a entrevista ao iG

Maria Fernanda Ziegler, iG São Paulo | 05/10/2011 15:00
Estudo faz macaco mexer e sentir objetos virtuais só com o pensamento
Experimento do brasileiro Nicolelis permitirá que paraplégicos manuseiem objetos tendo sensação tátil; leia a entrevista ao iG

Foto: Katie Zhuang
Pesquisadores conseguiram demonstrar, pela primeira vez que é possível mexer e sentir objetos virtuais usando apenas o pensamento
Mover objetos virtuais a partir do pensamento e com o auxílio de uma prótese ligada ao cérebro já é complexo. Agora, pesquisadores liderados pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis conseguiram avançar esta tecnologia e demonstrar que é possível também sentir e movimentar objetos virtuais a partir do pensamento.
O teste realizado em dois macacos rhesus é inédito por juntar movimento e sensação tátil. No futuro próximo, pacientes paralisados por lesões na medula espinhal poderão recuperar não só o movimento, mas as sensações por meio de um exoesqueleto com esta tecnologia, por exemplo.
“Este é o trabalho mais completo e mais importante na área interação cérebro-máquina para que a gente possa ter certeza de que é possível fazer aplicações clínicas que unam movimento e sensação tátil”, afirmou ao iG o neurocientista Miguel Nicolelis que publicou o estudo na edição desta semana do periódico científico Nature.
O pesquisador acredita que com o sucesso do experimento realizado em macacos seja possível, em dois ou três anos, aplicá-lo na construção de um exoesqueleto controlado pela atividade cerebral que permita movimento a pacientes paraplégicos. Simultaneamente sensores distribuídos no exoesqueleto darão o feedback necessário para que o cérebro do paciente receba a informação tátil.
O experimento foi realizado em dois macacos reshus (Macaca mulatta) que receberam eletrodos em seus cérebros que estavam ligados a um computador. Sem mover nenhuma parte do corpo, os animais passaram a movimentar o braço virtual usando apenas a atividade elétrica do cérebro. Os macacos passam, então a movimentar este braço virtual e a explorar três objetos que são visualmente iguais, porém com diferentes texturas virtuais. As diferentes texturas dos objetos virtuais são expressadas por diferentes padrões de tempo emitidos pelos sinais elétricos aos cérebros dos macacos.
“Ele passa a mão virtual controlando esse movimento pelo pensamento e depois recebe informação sobre a textura através de um sinal elétrico que vai direto para o cérebro dele. O macaco realiza esta tarefa de discriminação tátil sem nenhuma interferência do corpo. Diretamente controlando o movimento e recebendo feedback e isso basicamente permite que ele realize uma tarefa tão complexa como que ele realizaria com a própria mão”, explicou Nicolelis ao iG.
Nicolelis afirma que tem o sonho de apresentar o exoesqueleto com capacidade motora e tátil na abertura da Copa do Mundo, em 2014, no Brasil. “O paciente paraplégico entraria com os jogadores da seleção no campo e andar com os seus próprios meios até o meio de campo e dar o chute inicial usando sua veste robótica”, disse.

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/estudo-faz-macaco-mexer-e-sentir-objetos-virtuais-so-com-o-pensamento/n1597258021826.html

22 de set. de 2011

Ancestral de mamíferos com dentes de sabre é descoberto no Brasil

Animal herbívoro, que viveu há 260 milhões de anos, parece ser mistura de animais diferentes, diz descobridor

Alessandro Greco, especial para o iG | 24/03/2011 15:00


Foto: Juan Cisneros
O Tiarajudens eccentricus usava seus dentes de tigre dente de sabre para espantar predadores
O sobrenome eccentricus já conta boa parte de quem é o Tiarajudens eccentricus, um herbívoro que viveu há 260 milhões do anos no Brasil. Descoberto por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Tiaraju, no interior do Rio Grande do Sul, ele tinha, apesar de comer apenas plantas, um par de dentes de tigre de sabre (um carnívoro ferrenho) do comprimento de lápis de cera, desses para crianças. As presas do eccentricus não são, no entanto, sua única, digamos, excentricidade. “Ficamos todos muito surpresos [com a descoberta], pois esta nova espécie reúne características muito inesperadas, causando inclusive a impressão de ser uma mistura de animais diferentes. Ele possui dentes incisivos similares aos de um ruminante e dentes molares que no seu conjunto lembram os de uma capivara. Contrastando com esta dentição típica de animal herbívoro, temos a presença de grandes dentes de sabre como os de um felino. Mais ainda, os molares não estão na maxila e sim no palato, algo nunca antes visto num quadrúpede.”, explicou ao iG Juan Carlos Cisneros, da UFPI, que liderou o trabalho.
A descoberta, relatada na edição de hoje do periódico científico Science, também traz uma das primeiras evidências da capacidade dos terapsídeos (grupo de animais do qual o Tiarajudens eccentricus faz parte e que deu origem aos mamíferos) de mastigar de forma eficiente os alimentos. “Isto mostra que algumas características que considerávamos típicas dos mamíferos e de seus ancestrais próximos (os cinodontes), tais como a mastigação, apareceram milhões de anos antes, no final da era Paleozoica.”, explicou Cisneros. A habilidade de mastigar, chamada oclusão dental, permitiu, por exemplo, que o eccentricus processasse plantas com grande quantidade de fibra e pudesse se expandir para novas nichos ecológicos.
O eccentricus também possui a mais antiga presença de dentes de sabre num herbívoro, característica que até então nunca havia sido observada num animal que não fosse um mamífero. “Hoje em dia, os únicos herbívoros com dentes de sabre são cervos que habitam a Asia (o veado-almiscareiro e o veado-d'água), que usam seus dentes de sabre para lutas territoriais entre os machos.”, afirmou Cisneros. O eccentricus, segundo os pesquisadores, talvez usasse os seus para assustar os predadores ou para, como os cervos, garantir seu espaço.

Mamíferos já evoluíam antes da extinção dos dinossauros

Estudo com partipação de professor da PUC-RS mostra que início do domínio do grupo na Terra começou há 80 milhões de anos

Tatiana Tavares, especial para o iG | 22/09/2011 16:05

Mamíferos já evoluíam antes da extinção dos dinossauros
Estudo com partipação de professor da PUC-RS mostra que início do domínio do grupo na Terra começou há 80 milhões de anos

Foto: Getty Images
Filhote de urso pardo: estudo muda cronologia da evolução dos mamíferos
Um novo estudo sobre mamíferos indica que eles começaram a se diversificar muito antes do que se pensava. Isso teria sido há 80 milhões de anos, no período Cretáceo, e não como se pensava antes - acreditava-se que a maior diversificação dos mamíferos teria ocorrido logo após a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.

A pesquisa, liderada por Robert Meredith, do Departamento de Biologia da Universidade da Califórnia, analisou dados moleculares de 164 espécies de mamíferos, trazendo nova luz sobre como e quando eles se diversificaram e começaram a ocupar diferentes nichos ecológicos ao redor do planeta.

“Embora estudos anteriores tenham elucidado as relações entre os mamíferos, este é o primeiro a examinar as relações e os tempos de divergência entre as famílias de mamíferos usando uma reunião de dados de um grande número de genes diferentes”, disse Meredith ao iG.

Segundo Mark Springer, coautor do estudo publicado na revista Science nesta quinta-feira (22), os resultados sugerem a ocorrência de dois eventos na história da Terra que atuaram de forma importante na diversificação dos mamíferos.

“O primeiro deles foi a radiação de plantas com flores durante a Revolução Terrestre do Cretáceo, que muito provavelmente impulsionou uma importante diversificação taxonômica dos mamíferos cerca de 80 milhões de anos atrás. E a segunda teria sido a abertura de um espaço para a aceleração da diversificação morfológica dos mamíferos após a extinção dos dinossauros”, afirmou Springer, do Departamento de Biologia da Universidade da Califórnia.

O boom dos mamíferos
Segundo o novo estudo, o grande momento de diversificação dos grupos de mamíferos não teria sido após a extinção dos dinossauros, e sim antes.

Os mamíferos têm a mesma idade que os dinossauros, mas a ideia que se tem é a de que teriam apresentado pouca diversidade durante muito tempo, de acordo com Eduardo Eizirik, da Faculdade de Biociências da PUC-RS, coautor do estudo publicado na Science. Foi durante seu trabalho de doutorado no Laboratório de Diversidade Genômica dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, em Maryland, que Eizirik se uniu a outros colegas, incluindo o grupo de Mark Springer, para investigar a evolução dos mamíferos, resultando em uma série de estudos sobre este tema.

Por mais de 100 milhões de anos, os mamíferos teriam mantido uma estrutura bastante primitiva, perdendo na corrida com os dinossauros e só conseguido se diversificar expressivamente após a extinção deles. Mas o estudo apresentado agora prova que a equação não é tão simples assim. Há uma diversificação dos mamíferos anterior à extinção dos dinossauros.

“Os principais grupos de mamíferos já estavam formados antes de os dinossauros desaparecerem, e a diversificação entre os grupos teria ocorrido em lugares diferentes do planeta. Eles eram muito parecidos, mas já estavam formando linhagens próprias antes mesmo da extinção dos dinossauros”, comenta Eizirik em entrevista ao iG.

“Quando os dinossauros se extinguiram houve também diferenciação dos mamíferos, mas não tão intensa como ocorreu 15 milhões de anos antes. Nossos artigos anteriores já demonstravam que o pico da diferenciação teria sido anterior à extinção dos dinossauros, mas não detalhavam quando isso teria ocorrido. Agora, temos essa resposta”, completa.

Segundo Springer, o estudo fornece uma estrutura para muitas outras linhas de investigação, incluindo um roteiro para projetos futuros de sequenciamento de genomas.

Físicos europeus descobrem partículas mais rápidas que a luz

Pesquisadores do Cern dizem ter encontrado neutrinos que desafiam a teoria da relatividade de Einstein

iG São Paulo | 22/09/2011 17:01
Físicos europeus descobrem partículas mais rápidas que a luz
Pesquisadores do Cern dizem ter encontrado neutrinos que desafiam a teoria da relatividade de Einstein
Foto: AP
Sede do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, em Genebra: descoberta que balança as leis da Física
Físicos anunciaram esta quinta-feira (22) que partículas subatômicas denominadas neutrinos podem viajar mais rápido que a luz, uma descoberta que, se comprovada, seria inconsistente com a teoria da relatividade de Einstein.
Em experimentos feitos entre o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, na Suíça, e um laboratório na Itália, as minúsculas partículas foram cronometradas a uma velocidade de 300.006 km/seg, sutilmente mais rápido do que a velocidade da luz, afirmaram os cientistas.
“Dá uma sensação de que tem alguma coisa errada, que isso não pode estar acontecendo,” disse James Gillies, porta-voz do Cern. Ele afirmou que os resultados surpreenderam tanto os pesquisadores da institução que eles pediram que outros colegas verificassem suas medições antes de anunciar de fato a descoberta.”Eles estão convidando a comunidade mundial da Física a examinar minuciosamente seu trabalho, e idealmente, conseguir que alguém repita os resultados,” afirmou.
A equipe do acelerador de partículas do Fermilab, nos Estados Unidos, já se comprometeu a iniciar esse trabalho. “É um choque,” disse o chefe do grupo de Física Teórica do Fermilab, Stephen Parke, que não fez parte da pesquisa na Suíça. “Vai nos causar um monte de problemas, isso é fato. Se é que é mesmo verdade”.
O Fermilab conseguiu resultados semelhantes em 2007, mas a margem de erro era tão grande que minimizou sua importância científica.
Outros cientistas de fora do Cern mostraram ceticismo. O chefe do departamento de Física da Universidade de Maryland chamou a descoberta de “tapete voador”, algo fantástico demais para ser crível.
O Cern afirma que um raio de neutrinos (conhecidos por ser uma das partículas mais estranhas da Física moderna) disparado de Genebra para um laboratório na Itália a 730 quilômetros de distância viajou 60 nanossegundos mais rápido que a velocidade da luz, com uma margem de erro de 10 nanossegundos. Mas como as implicações do experimento são importantes, os cientistas passaram meses checando e rechecando seus resultados para garantir que não houve erros e falhas na experiência.

“Não achamos nenhum erro que pudesse explicar este resultado,” afirmou Antonio Erediato, físico da Universidade de Berna, na Suíça, que esteve envolvido na experiência, chamada de OPERA.
Além do Fermilab, nos Estados Unidos, outro centro de pesquisa que pode replicar a experiência é o T2K, no Japão, que no momento está desativado por conta do terremoto de 11 de março.
Mas os cientistas concordam que se os resultados forem confirmados, eles vão forçar uma revisão completa das leis da física.
A Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que a energia é igual a massa vezes a velocidade da luz é a base de toda a física moderna, afirmou John Ellis, físico do Cern que não esteve envolvido na experiência. “Funcionava perfeitamente até agora”, ressaltando que os pesquisadores do OPERA podem ter a responsabilidade de explicar como neutrinos mais rápidos que a luz não foram descobertos até agora. “Se for verdade, é uma descoberta tão fantástica, mas tão fantástica, que temos que ser cuidadosos até confirmá-la”.

21 de ago. de 2011

Centro de Historia Natural

O prof. Alcides através de uma lupaesterioscópica amplia grãos de areia colhidos nas praias e podemos então ver fantásticos micromoluscos coloridos.
Como pode um pequeno molusco ser do tamanho de um grãozinho de
areia e ter o mesmo formato e cor de um molusco da sua mesma espécie em tamanho normal?
Só podemos enxergar Deus aí!
Veja os micro grãozinhos aumentados 30 vezes o seu tamanho:
Visite este Museu
Peça para sua professora agendar um horário pelo telefone (19) 3242-8531 com o
 Professor Alcides no
Centro de História Natural de Campinas. R. Carolina Florence, 1674 (V. Nova) em Campinas/SP 
( Não se esqueça de pedir para o Prof. mostrar os micromoluscos na Lupa esterioscópica) 
Preço: R$ 15,00





11 de ago. de 2011

Baleias, mais próximas dos seres humanos do que se acreditava

Discussão sobre emoções e cultura das baleias surge em momento em que se discute a proibição de sua caça

AFP | 21/06/2010 14:50
 

Foto: AFP
Baleia pula na Austrália: estudos mostram que elas têm consciência, emoções e cultura social
A baleia partilha algumas faculdades que se acreditava ser estritamente reservada aos seres humanos, segundo estudo divulgado justamente quando cota de caça desses cetáceos começa a ser avaliada, a partir desta segunda-feira durante uma reunião da Comissão Baleeira Internacional (CBI) em Agadir, Marrocos.

Segundo biólogos, os cetáceos marinhos, categoria que também inclui golfinhos e botos, têm consciência, sofrem e possuem uma cultura social, aliada a uma capacidade mental.

Sendo assim, como se pode aceitar que elas sejam caçadas com arpões? Esta é a pergunta central dos trabalhos da CBI, que estará reunida até a sexta-feira para discutir a legalização da prática, por dez anos, na Noruega, Islândia e Japão, apesar da moratória em vigor desde 1986.
"Pelas nossas observações, sabemos que muitas baleias grandes apresentam o comportamento mais complexo do reino animal", assegura Lori Marino, neurobiologista da Universidade de Emory de Atlanta, Estados Unidos.
Lori explica que há dez anos, quando trabalhava com golfinhos do gênero Tursiops, percebeu que pela maneira como se olhavam através de um espelho para identificar uma marca colocada em seu corpo, os animais tinham consciência da sua própria identidade, da mesma maneira que um chimpanzé e uma criança humana.
Segundo Georges Chapouthier, neurobiologistas e diretor do Centro Emoção da Universidade Pierre e Marie Curie de Paris, a consciência de si mesmo significa que os golfinhos e baleias, como alguns primatas, experimentam não apenas dor, mas sofrimento. "O sofrimento pressupõe certo nível de funções cognitivas", explicou Chapouthier à AFP.
"É difícil definir de que nível se trata, mas vários estudos demonstram que os mamíferos mais evoluídos são dotados destas funções cognitivas, como os grandes macacos, os golfinhos e, muito provavelmente, as baleias".
Quanto a inteligência, os cetáceos estão em segundo lugar atrás dos homens, pelo tamanho do seu cérebro em proporção ao peso total.
Mais significativas do que o volume são as zonas cerebrais especializadas na cognição e as emoções, e as altas probabilidades de que tenham se desenvolvido graças a interações sociais dentro do grupo, segundo vários estudos publicados em revistas científicas.
Alguns pesquisadores falam inclusive de "cultura", uma noção até hoje usada exclusivamente para o Homo sapiens. "Entre algumas baleias, a cultura é fundamental e sofisticada", assegura Hal Whitehead, da Universidade Dalhousie de Halifax, que explica a existência de comportamentos de transmissão de conhecimento de uma geração para outra, por exemplo, entre baleias azuis.
"Em um dado momento da temporada de reprodução, todos os machos de todos os oceanos cantam mais ou menos um mesmo canto, elaborado, mas esse canto comum evolui com os meses e os anos", apontaram Whitehead e seus colegas em um estudo publicado na revista Biological Conservation.
Alguns pesquisadores observaram orcas que ensinam para outras, originárias de um grupo geográfico diferente, como roubar o pescado das linhas de barcos comerciais.

Por outro lado, duas comunidades de orcas que raramente se juntam apesar de compartilhar as mesmas águas próximas a Vancouver (Canadá), aprenderam a compartilhar os alimentos: umas comem peixes e outras os mamíferos, como focas, explica Whitehead.
Portanto, "eliminar um subgrupo da população é muito mais do que matar uma certa cota de indivíduos. É eliminar uma cultura inteira", insistiu Lori Marino.
Fonte: Ig

Cérebro de chimpanzés ao nascer é imaturo como o de bebês humanos

Estudo mostrou que, no entanto, filhotes de chimpanzés não apresentam a mesma rapidez de humanos no desenvolvimento cerebral


Foto: AFP
Bebês chimpanzé: ponto de partida cerebral igual ao dos humanos
Chimpanzés, assim como humanos, nascem com partes do cérebro - no caso, o encéfalo frontal - ainda não desenvolvidos completamente. Esta área está ligada a funções como tomadas de decisão e autoconhecimento e criatividade. No entanto, ao contrário dos seres humanos, filhotes de chimpanzés não apresentam o rápido desenvolvimento de massa branca na mesma região do cérebro.

Descoberta de fóssil grávido revela mistério dos plessiossauros

Foto: S. Abramowicz, Dinosaur Institute, NHM
Hora do parto: ilustração mostra plesiossauro dando à luz a um filhote
Réptil predador apresentava comportamento maternal semelhante ao de golfinhos e baleias, afirma estudo
Pesquisadores descobriram que o plessiossauro, um réptil predador que vivia nos mares há mais de 78 milhões de anos, era uma mãe zelosa que dava à luz a filhotes vivos, ao invés de deixar ovos. O vilão dos mares da Era Mesozoica também cuidava da prole após o nascimento, assim como fazem hoje outros animais marinhos como as baleias e os golfinhos. A descoberta, que acabou com um mistério de 200 anos entre a comunidade científica, só foi possível graças ao achado de um fóssil grávido do animal, em uma fazenda no estado americano de Kansas. Atualmente o fóssil está em exposição no Museu de História Natural de Los Angeles.
“O ponto-chave é que os plesiossauros fizeram coisas de forma diferente do que os outros répteis marinhos, que tinham o padrão de reprodução dos répteis atuais, com um número maior de pequenos bebês. Os plesiossauros eram, neste sentido, aparentemente mais próximos de mamíferos e lagartos que vivem em grupo, dando origem a um ou alguns filhotes”, disse ao iG Frank O’Keefe da Universidade de Marshall, nos Estados Unidos e autor do estudo publicado hoje na Science.
Os cientistas já desconfiavam que o corpanzil de cerca de 5 metros de comprimento do plesiossauro não era sinônimo de uma boa adaptação para longas escaladas na terra para colocar seus ovos ou construir ninhos, mas faltavam provas que confirmassem que o animal era de fato vivíparo. O fóssil de um animal (Polycotylus latippinus) prenhe era a prova que faltava.



Foto: Natural History Museum of Los Angeles
Gravidez: Fóssil de fêmea de plesiossauro encontrado no Kansas tinha o embrião de um filhote
Maria Fernanda Ziegler, iG São Paulo | 11/08/2011 15:00
O estudo identificou que o embrião era muito grande em comparação com o tamanho da mãe. “Era muito maior do esperávamos se compararmos com outros répteis dos dias de hoje”, disse. De acordo com O’Keefe, o fato de gerarem filhotes grandes pode ter desencadeado nos animais um comportamento mais semelhante ao de mamíferos e algumas espécies de lagartos.
“Nós especulamos que isto possa indicar que os plesiosauros exibiam cuidados maternais e comportamento social como o cuidado da prole após o nascimento e até mesmo quando fossem capazes de se alimentar sozinhos”, disse.
Mesmo assim, O’Keefe afirma que os plesiossauros, que não têm parentes conhecidos nos dias atuais, seja mais próximos dos mamíferos que dos répteis. “Plesiossauros são muito mais próximos em parentesco de lagartos, cobras e outros répteis mesmo apresentando comportamento semelhante ao de mamíferos”, disse. 

4 de ago. de 2011

Vida na Terra e em Marte podem ter origens comuns, diz MIT

 

Foto: NASA/JPL/UNIVERSIDADE DO ARIZONA
Dunas de Marte: MIT aposta que genomas do solo marciano vão mostrar que origem da vida é comum ao planeta e à Terra
Pesquisadores desenvolverão instrumento para analisar genomas no solo marciano e compará -los com formas de vida conhecidas
Um grupo de cientistas americanos vem desenvolvendo um instrumento para analisar a possível existência de organismos vivos com genes comuns em Marte e na Terra, informou nesta quarta-feira (23) o Massachusetts Institute of Technology (MIT). A pesquisa, denominada "Busca de Genomas Extraterrestres" (SETG), é levada a cabo dentro do Departamento de Ciências Terrestres, Planetárias e Atmosféricas do MIT.
As premissas das quais o estudo parte são que o clima na Terra e em Marte eram muito similares na origem do sistema solar, que várias rochas marcianas viajaram à Terra fruto do choque de asteroides e que evidências indicam que alguns micróbios podem sobreviver os milhões de anos de distância entre os dois planetas.
Além disso, segundo o MIT, a dinâmica orbital indica que é 100 vezes mais fácil viajar de Marte à Terra do que o contrário.
O resto da teoria, se for comprovada, levantaria a possibilidade de os seres humanos serem descendentes de organismos marcianos. O aparelho desenvolvido pela equipe do MIT, capitaneado pelos pesquisadores Christopher Carr e Clarisa Lui, será desenvolvido para recolher amostras do solo marciano e isolar micróbios existentes ou restos de micróbios, para depois separar o material genético e analisar as sequências genéticas.
Posteriormente, estas seqüências seriam comparadas para buscar sinais de padrões quase universais entre todas as formas de vida conhecidas.
Embora reconheça que é uma pesquisa "a longo prazo", Carr indicou que, já que "poderíamos estar relacionados com a vida em Marte, pelo menos deveríamos ir e ver se existe vida relacionada com a nossa".
A equipe do MIT afirmou que pode levar cerca de dois anos para desenvolver o protótipo do SETG, mas que, uma vez desenvolvido, seria factível integrá-lo como uma broca em um veículo espacial de uma futura missão que viaje à superfície de Marte para recolher estas mostras.
Desde que os dois módulos Viking da Nasa aterrissaram em Marte em 1976, nunca mais foram enviados instrumentos à superfície marciana para buscar evidências de vida. Já o astrobiólogo Christopher McKay, do Centro de Pesquisa da Nasa-Ames, na Califórnia, afirmou que "é plausível que a vida em Marte esteja relacionada com a vida na Terra e, portanto, compartilhemos genética".

3 de ago. de 2011

Telescópio detecta 96 novos aglomerados estelares

Objetos, essenciais para a formação e evolução de galáxias, estavam escondidos atrás da poeira na Via Láctea

Foto: ESO/J. Borissova
Astrônomos descobriram 96 novos aglomerados estelares abertos escondidos pela poeira da Via Láctea
O telescópio Vista, do Observatório Europeu do Sul (ESO), captou a imagem de 96 novos aglomerados estelares abertos escondidos pela poeira da Via Láctea. Os pequenos objetos celestes eram invisíveis em rastreamentos anteriores. Esta é a primeira vez que tantos aglomarados pequenos e pouco brilhantes foram encontrados de uma só vez.
A maioria das estrelas com mais de metade da massa do Sol se forma em grupos chamados aglomerados abertos. Estes aglomerados são os "tijolos" que formam as galáxias e são essenciais para a formação e evolução de galáxias como a Via Láctea. Porém, os aglomerados são formados em regiões com muita poeira, ficando invisíveis para a maioria dos telescópios. O Vista, maior telescópio de rastreio do mundo, tem detectores infravermelhos muito sensíveis do maior telescópio de rastreio do mundo, que consegue detectar objetos através da poeira.
A descoberta foi feita apenas um ano após o início do programa e observação da Via Láctea pelo Vista(VVV). Os resultados serão publicados na revista científica especializada Astronomy & Astrophysics. De acordo com Jura Borissova, autora principal do estudo, a descoberta destaca o potencial do programa de encontrar aglomerados de estrelas.
Até agora, apenas 2500 aglomerados abertos foram encontrados na Via Láctea, mas os astrônomos estimam a existência de pelo menos 30 mil escondidos por trás de poeira e gás.
“Concentramos a nossa busca na direção de zonas de formação estelar conhecidas. Em regiões que pareciam vazias em rastreamentos anteriores e os detectores infravermelhos do Vista descobriram muitos objetos novos,” disse, Dante Minniti, cientista principal programa.
A equipe utilizou um software para remover, nas imagens, as estrelas que apareciam em frente de cada aglomerado e contou seus membros genuínos. Depois deste trabalho, as imagens foram analisadas para se medir o tamanho do aglomerado.
“Descobrimos que a maioria dos aglomerados é muito pequena, contendo apenas de 10 a 20 estrelas. Comparados com aglomerados abertos típicos, estes são objetos muito compactos - a poeira que se encontra em frente destes aglomerados faz com que pareçam 10 mil a 100 milhões de vezes menos brilhantes. Não é de se estranhar, que estivessem escondidos,” explica Radostin Kurtev, outro membro da equipe.
O estudo afirma que os novos 96 aglomerados abertos podem ser só o início de grandes descobertas. “Começamos agora a utilizar um software mais sofisticado para procurar aglomerados mais velhos e menos concentrados. Estou confiante que muitos outros serão descobertos num futuro próximo,” acrescenta Borissova.
Fonte:IG

2 de ago. de 2011

Nossa galáxia pode conter 2 bilhões de planetas com vida alienígena


Ultimamente, os cientistas andaram fazendo cálculos e tentando encontrar probabilidades e porcentagens para a vida alienígena no universo.
Agora, esse número acaba de aumentar: um novo estudo mostra que aproximadamente uma em cada 37 ou uma em cada 70 estrelas como o sol podem abrigar vida extraterrestre. Os dados sugerem que bilhões de planetas como a Terra podem existir na nossa galáxia.
Os novos cálculos são baseados em informações do telescópio espacial Kepler, que em fevereiro surpreendeu o mundo ao revelar mais de 1.200 possíveis mundos alienígenas, incluindo 68 planetas do tamanho da Terra.
O telescópio chegou a essas conclusões observando o escurecimento que ocorre quando um planeta transita ou passa diante de uma estrela.
Em seguida, os pesquisadores da NASA filtraram esses dados, e focaram nos planetas do mesmo tamanho que a Terra em zonas de habitabilidade de suas estrelas, isto é, dentro de órbitas onde a água líquida pode existir na superfície desses mundos.
Depois de analisarem quatro meses de dados, os cientistas determinaram que 1,4 a 2,7% de todas as estrelas parecidas com o sol devem ter planetas semelhantes à Terra (entre 0,8 e 2 vezes o diâmetro da Terra, e dentro da zona de habitabilidade de suas estrelas).
Isso significa dois bilhões de análogos da Terra na nossa galáxia. E isso só na nossa galáxia: há 50 bilhões de outras galáxias, até onde sabemos. Por isso, os cientistas acreditam numa boa chance de encontrar vida, talvez até mesmo vida inteligente, lá fora.
No futuro próximo, os cientistas prevêem que um total de 12 mundos semelhantes à Terra poderão ser encontrados. Quatro deles já foram vistos nos quatro meses de dados divulgados até agora.
Quando se trata das 100 estrelas parecidas com o sol mais próximas do nosso planeta, algumas dentro de um ano-luz de distância, os resultados sugerem que apenas cerca de 2 mundos semelhantes à Terra podem ser encontrados.
E tais números podem subir. As estrelas anãs vermelhas também podem hospedar planetas semelhantes à Terra, e essas estrelas são muito mais comuns do que as estrelas parecidas com o sol. Porém, é muito mais difícil detectar um planeta do tamanho da Terra em trânsito na frente de uma anã vermelha, então os cientistas estão tentando identificar os planetas em volta dessas estrelas pela força gravitacional que eles exercem uns sobre os outros. [LiveScience]

Cientistas descobrem oxigênio em Réia, uma das luas de Saturno


Réia é a segunda maior lua de Saturno, mas não é apenas isso o que a torna incrível – segundo a missão Cassini, da Nasa, ela possui uma atmosfera de 70% de oxigênio e 30% de dióxido de carbono.
Segundo os cientistas é a primeira vez que verificamos que outro astro possui uma atmosfera de oxigênio diretamente. Outras atmosferas foram descobertas nas luas Europa e Ganimedes, mas apenas a uma longa distância, através do Hubble.
Dessa vez a Cassini pôde “cheirar” a atmosfera de Réia, já que a camada de oxigênio (5 trilhões de vezes menos densa do que a atmosfera da Terra) é muito fina para ser detectada à distância.
Os pesquisadores acreditam que o oxigênio vem do campo magnético de Saturno – partículas de água seriam quebradas no fluxo entre o satélite e o planeta e se “rearranjariam” na forma de moléculas de oxigênio.
De acordo com os cientistas, esse tipo de fenômeno pode ser comum em outras áreas do Sistema Solar e não indica, necessariamente, a presença de vida alienígena. Réia seria muito fria e não teria praticamente nenhum líquido para permitir a existência da vida como a conhecemos. [NewScientist]

Cientistas descobrem oxigênio no espaço

“O gás oxigênio foi descoberto em 1770, mas precisamos de mais de 230 anos para poder dizer finalmente com certeza que esta molécula existe no espaço”, disse Paul Goldsmith, cientista da Nasa
Depois de anos de pesquisa, o telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), detectou pela primeira vez moléculas de oxigênio no espaço. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (1º) pela agência espacial americana (Nasa), que colabora com o projeto Herschel. O telescópio, o maior já enviado ao espaço, foi o primeiro a constatar a presença do gás no espaço.
Os átomos individuais de oxigênio são comuns no espaço, mas até agora não haviam sido encontradas evidências da presença de moléculas deste gás. O Herschel detectou as moléculas de oxigênio na nebulosa de Orion, mas não em grandes quantidades, por isso os cientistas seguirão procurando esse tipo de moléculas.
“O gás oxigênio foi descoberto em 1770, mas precisamos de mais de 230 anos para poder dizer finalmente com certeza que esta molécula existe no espaço”, disse Paul Goldsmith, cientista da Nasa em Herschel e autor principal de um artigo publicado na revista “Astrophysical Journal” no qual explica a descoberta.
“O oxigênio é o terceiro elemento mais comum no universo e sua forma molecular deve ser abundante no espaço”, afirmou Bill Danchi, outro dos pesquisadores da Nasa no programa Herschel.
Os astrônomos buscavam há décadas moléculas de oxigênio no espaço, seja por balões equipados com sondas ou por telescópios terrestres e espaciais. O telescópio sueco Odin detectou a molécula em 2007, mas a descoberta não foi confirmada.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI253776-15224,00.html

1 de ago. de 2011

Chimpanzés têm consciência de si mesmos


Os chimpanzés têm "consciência de si mesmos" e, como os seres humanos, esta consciência está ligada à capacidade de antecipar os efeitos das próprias ações sobre seu entorno, diz uma pesquisa cujos resultados foram publicados nesta terça-feira (3) pela revista britânica Proceedings of the Royal Society.
Como provas, os cientistas mostram que três chimpanzés fêmeas colocadas na frente de dois cursores completamente idênticos são capazes de identificar na tela de um computador qual dos dois podem controlar com o mouse.
Muitos cientistas já haviam falado sobre a capacidade de certos animais, em particular os grandes símios, de se reconhecer em um espelho. A prova mais utilizada é pintar uma marca em seu corpo que não pode ser vista, se não se olharem no espelho, observando-se, também, se tentam apagá-la ou não.
O teste do espelho provava as capacidades cognitivas dos macacos, mas a controvérsia persistia sobre os mecanismos que os permitiam identifiar a si mesmos, dada a impossibilidade de compará-los com os dos humanos.
Nos humanos, a capacidade de se reconhecer como agente independente, com efeito sobre o entorno, procede sobretudo da capacidade de relacionar o resultado esperado de uma ação com o resultado efetivamente produzido.
Por exemplo, em um jogo de videogame no qual participam vários jogadores, esta faculdade permite a cada jogador determinar rapidamente qual personagem controla entre os que se movem na tela.
Isto pressupõe uma capacidade de prever os efeitos de suas próprias ações, de comparar os efeitos das próprias ações com os resultados obtidos e de deduzir que "sou eu quem controla isso", afirmam os autores da pesquisa.
Os chimpanzés submetidos ao teste do espelho conseguem se reconhecer e apagar a pintura em sua pele inclusive se sua imagem for deformada por espelhos côncavos ou convexos, o que sugere que esta consciência de si próprios remete mais à análise de suas ações do que à de seu reflexo.
Mas alguns cientistas consideram que isto não prova que os macacos tenham uma "consciência de si mesmos", já que alguns símios poderiam simplesmente ter aprendido a associar determinada ação com um resultado específico.
Para dissipar as dúvidas, dois especialistas japoneses em primatas, Takaaki Kaneko e Masaki Tomonaga, da Universidade de Tóquio, tentaram saber se os chimpanzés conseguem diferenciar as ações originadas por eles e os acontecimentos idênticos, mas que escapam totalmente ao seu controle.
Assim, três fêmeas foram treinadas para que pudessem movimentar um cursor em uma tela com um mouse. Uma vez familiarizadas com a utilização desta ferramenta, apareceram na tela dois cursores de tamanho, forma e cor idênticos: um controlado pelo mouse, o outro por uma simples gravação do cursor movimentado pelo mesmo animal em dias anteriores.
Ou seja, a única maneira de que o chimpanzé pudesse identificar o cursor que ele controlava era confrontar sua ação com o resultado percebido na tela.
Segundo os cientistas japoneses, os testes são conclusivos e demonstram que os chimpanzés analisam os efeitos de suas ações sobre o mundo exterior. Testes complementares indicam, inclusive, que integram uma dimensão ao mesmo tempo espacial e temporal nesta análise.
"Os resultados sugerem que os chimpanzés e os humanos compartilham os mesmos processos cognitivos fundamentais", concluem os cientistas.
Fonte:IG

23 de jul. de 2011

Evolução do cérebro dos mamíferos começou pelo olfato

Paleontólogos americanos afirmam que a reconhecida complexidade do cérebro dos mamíferos, a mais complexa máquina já criada pela natureza, é responsabilidade de um dos cinco sentidos, o olfato. A descoberta foi descrita nesta quinta-feira (19), em um estudo que detalha a reconstrução de fósseis de duas espécies ancestrais de mamíferos, que concluiu que o senso aguçado de olfato foi o que iniciou a evolução do cérebro.
O resultado da pesquisa, publicada no periódico especializado Science, surpreendeu os autores do estudo. “Muita atenção tem sido dada a dentes, mandíbulas e formas de alimentação nos primeiros mamíferos. Ver que o sistema olfativo evoluiu tão claramente foi inesperado”, afirmou ao iG Timothy Rowe, principal autor do artigo, da Universidade do Texas em Austin, Estados Unidos.
A evolução do cérebro dos mamíferos, segundo Rowe e colegas, aconteceu em três etapas, e a segunda responsável por ela é mais inesperada ainda do que a primeira: a pelagem. Segundo eles, inicialmente os pêlos não eram utilizados para aquecer, e sim como sistemas de navegação que permitiram aos ancestrais dos mamíferos navegar por entre fendas e evitar perigos, e depois levaram a formação de sentidos complexos no cérebro deles. Já o terceiro e último responsável pela evolução (não tão inesperado assim) foi a habilidade dos mamíferos de fazer movimentos complexos usando os sentidos.
Para chegar a esta conclusão Rowe e colegas reconstruíram o crânio de dois ancestrais dos mamíferos, o Morganucodon oehleri e o Hadrocodium wui, que viveram há cerca de 190 milhões de anos. Eles recriaram em três dimensões seus crânio e perceberam que a cavidade nasal e as áreas relacionadas ao olfato estavam aumentadas, juntamente com as regiões de processamento da informação relacionadas à ela – duas características que indicam um aumento na capacidade olfativa. E, ao compará-los com fósseis dos ancestrais dos répteis, verificaram que eles chegavam a ser 50% maiores. “Vamos continuar a estudar a evolução do cérebro e dos sistemas sensoriais em mamíferos e outros vertebrados. Alguns dos insights desses estudos podem possibilitar que construamos narizes eletrônicos com diferentes funções”, afirmou Rowe.

22 de jul. de 2011

Estudo indica que vírus precursor do HIV viveu em macacos há 32 mil anos

Cientistas americanos descobriram que o Vírus da Imunodeficiência Símia (SIV), ancestral do HIV em humanos, tem entre 32 mil e 75 mil anos, e não algumas poucas centenas como se achava até agora.
Essa descoberta foi feita graças a um estudo genético realizado com cepas únicas do SIV encontradas em macacos na ilha africana de Bioko, que ficou separada do continente depois da glaciação há mais de 10 mil anos.
A pesquisa, que aparece publicada na revista "Science" desta semana, assinala que a idade do SIV poderia inclusive ser superior e questiona os estudos anteriores das sequências de DNA do vírus que estabelecia que tinha apenas algumas centenas de anos.
Isso significaria que o homem esteve exposto muitas vezes ao vírus dos símios já que, durante toda a história, caçaram macacos correndo o risco de contrair a doença, que com um simples corte podem ter contraído pelo sangue.
"O HIV é imprevisível", resume Michael Worobey, professor do departamento de biologia evolutiva da Universidade do Arizona, que dirigiu o estudo junto com o virologista Preston Marx da Universidade de Tulane, em Nova Orleans, Louisiana.
"Se o SIV entrou em cena há relativamente pouco tempo como se pensava anteriormente, poderíamos pensar que alcançou uma virulência muito menor durante um breve espaço de tempo", acrescentou Worobey.
Mas se os humanos estiveram expostos a macacos infectados com SIV durante milhares de anos, por que a epidemia do HIV - causador da aids - só começa no século XX? O cientista responde que não será fácil encontrar a resposta imediatamente. "A reconstrução do passado evolutivo mediante a comparação dos genes destes vírus é como olhar para o oceano", comparou Worobey. "Pode-se ver um longo caminho, mas não se sabe o que está além do horizonte".

Macaco mandril cria ferramenta para manicure

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/video+macaco+mandril+cria+ferramenta+para+pedicure/n1597094446348.html

16 de jul. de 2011

O que meu filho vai ser quando crescer?

Desde pequenos os filhos ja mostram tendências sobre o que querem ser quando adultos. Os pais percebendo suas aptidões devem insentiva-los e nunca obriga-los a seguirem o que não escolheram ou o que não tenham talento. Só serão realizados se seguirem suas aptidões naturais.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados

Flores de pedras

Arquivo pessoal de Iride Eid Rossini

15 de jul. de 2011

Moléculas de agua cristalizada mostrada em fotografia

Estudos realizados durante muitos anos esclareceram que diversas fontes de agua apresentam estruturas cristalinas características. Os cristais foram fotografados através de um microscópio com 200 a 300 vezes de aumento, devidamente instalado no interior de um congelador, monstram uma forma perfeita ou imperfeita de uma forma hexagonal.
Cristais são substâncias em estado sólido, cujos átomos ou moléculas constituintes estão ordenadamente distribuídos. A deficiência da estrutura cristalina ou a deformação da forma hexagonal não é um bom indício.

1 - Veja a água da primavera de Sanbun-no-ichi, Vila de Oizume, província de Koma-gun, Yamanishi - Japão.
O cristal tem uma estrutura hexagonal simétrica



2 - Água da Mina de Saijó, província de Hiroshima - Japão. Há uma compactação muito densa no cristal expandindo-se para seis vértices não apresentando nenhum espaço vazio

3- Água da fonte de Lourdes - França, chamada de "A fonte dos milagres". O cristal desta água expressa a consciência do coletivo. É um cristal místico, transmitindo brilho espiritual.

4- Pastoral - Beethoven. Sinfonia alegre e agradável. O cristal é bonito e parece uma comprovação de que ouvir músicas boas ativam a água e estimulam a formação de cristais.


5- Música Heavy Metal. Letras desta música são repletas de sentimentos de revolta. A estrutura hexagonal ficou totalmente destruída.


6- Healing music ( música terapêutica) A foto mostra lindo cristal com ramos se alongando

7- Música Ária para corda em sol - Bach.

8- Sinfonia 40 em sol menor - Mozart.

9 - A foto da esquerda é o cristal de agua encanada colhida na cidade de Kobe, três dias após o terremoto que atingiu a região de Hashin - Awaji em 17/1/95

10- Gelo da Antártida. Cristal datado de 370.000 anos atrás, trazido por um explorador.

11- Água do lago Biwako, província de Shiga - Japão que está contaminada.

12- Rio Yodo, província de Osaka - Japão, sofrendo os efeitos da contaminação da vida moderna.

A Flor-Cadáver

Ao invés de borboletas, ela atrai besouros e moscas

Foto: Jardim Botânico dos Estados Unidos

Esta é, provavelmente, a maior e mais mal-cheirosa “flor” do mundo. As aspas estão destacadas porque esta espécie, na verdade, não é uma flor, e sim uma inflorescência de centenas de pequenas plantas.
A Amorphophallus titanum, cujo nome significa “falo deformado gigante”, devido ao seu formato, também é chamada de flor-cadáver por causa do seu cheiro que lembra carne em decomposição. Afinal, os agentes polinizadores desta planta não são abelhas e borboletas e sim besouros. Ocasionalmente, moscas - ambos atraídos pelo cheiro de carniça.
Além disso, o topo do espigão da planta tem aproximadamente a temperatura do corpo humano, o que ajuda a criar a ilusão de carne. Natural da Indonésia, esta flor pode atingir quase 3 m quando totalmente aberta (o maior espécime registrado tinha 2,75 m e pertencia à Universidade de Bonn, na Alemanha).
Ela só floresce por alguns dias antes de murchar, e pode levar até 5 anos para apresentar uma nova flor. Após a fertilização, frutas vermelhas do tamanho de azeitonas aparecem no cabo. Depois disso, uma única folha cresce até se tornar uma árvore que armazena energia. Aproximadamente 4 meses antes da próxima inflorescência, quando a planta tem energia suficiente, a árvore morre e o processo começa novamente.
Alguns botânicos plantam a flor-cadáver em suas casas como um ornamento. Há de se ter muito amor às plantas para suportar o cheiro.

Mariposa vampiro: um mistério para os cientistas

Pesquisadores descobrem uma mariposa que se alimenta de sangue.

Foto: Wikipédia


Você já ouviu falar de uma mariposa que se alimenta de sangue?
Este animal foi descoberto em 2006 na Rússia por cientistas da Universidade da Flórida.  Trata-se da mariposa cujo nome científico é Calyptra thalictr.
Inicialmente este inseto alimentava-se de frutas e por algum motivo modificou o seu hábito alimentar. Os cientistas não sabem dizer o motivo desta mudança, mas afirmam que apenas os machos usam o sangue como alimento, inclusive sangue humano.
A cientista responsável pela pesquisa, a entomologista Jennifer Zaspel, explica que a população de mariposas poderia estar em uma "trajetória evolutiva" e que talvez os machos utilizem os nutrientes, obtidos pela ingestão do sangue, para dar às fêmeas como presente. Assim as fêmeas conseguiriam colocar ovos com mais nutrientes armazenados de onde se desenvolveriam lagartas mais saudáveis. No entanto, esta afirmação é apenas uma especulação e para a sua confirmação seriam necessários mais estudos. 
O peso corporal dos machos não se altera com esta alimentação e as pessoas podem ficar despreocupadas porque o inseto não transmite nenhuma doença com a sua picada. Estudos mais profundos serão realizados para entender como é feita a perfuração do animal na pele de seres humanos.
Fonte: National Geographic

Rêmoras - Os parasitas do bem!

O processo de simbiose permite à rêmora proteção e alimento.

Foto: Alfredo Carvalho Filho
Dos peixes mais interessantes e curiosos, as rêmoras, também chamadas por pegador e piolho-de-cação, têm comportamento que é excelente exemplo de simbiose comensal - uma associação entre organismos que propicia benefícios para todos.
A família da rêmora, Echeneididae, reúne apenas 8 espécies, provavelmente todas ocorrendo em nossas águas. A principal característica da família é única entre os peixes: trata-se da presença do disco cefálico, uma modificação extrema da dorsal espinhosa que seus ancestrais possuíam e que permite a fixação a superfícies lisas como o corpo de tartarugas, golfinhos, baleias e peixes pelágicos como jamantas, atuns, tubarões, etc. O processo de simbiose permite à rêmora proteção e alimento (restos de comida, parasitas, etc.) e aos hospedeiros uma frequente “limpeza de pele”, ao terem os incômodos parasitas de pele devorados por elas.

Habitat, Comportamento, crescimento e reprodução
Foto: Luiz Duarte
Há espécies com hospedeiros específicos, mas outras são generalistas, fixando-se a várias espécies de peixes maiores. Podem ser encontradas de uma a dezenas em um só hospedeiro. As lâminas do disco, entre 10 e 28, arrumadas como numa veneziana e inclinadas para frente, quando pressionadas ao corpo do hospedeiro formam vácuo, mantendo-a fixada. Ao se mover para frente, empurra as lâminas para baixo, libertando-se. Assim, quanto maior a velocidade do hospedeiro, maior será o vácuo e a aderência. Há relatos de rêmoras, com até 10 cm, capazes de suportar pesos de até 20 kg.
Embora não seja comum, grandes rêmoras chegam a causar ferimentos em seus hospedeiros por causa da sucção de seus discos. Algumas sociedades possuem lendas sobre tais peixes, atribuindo-lhes o poder de impedir barcos de navegar.
Os adultos são geralmente encontrados no corpo dos hospedeiros, os jovens e as espécies menores podem ser observados na cavidade branquial, espiráculos, cloaca e mesmo no céu da boca. Alimentam-se principalmente de copépodes parasitas e, em menor escala, à medida que crescem, de restos de presas do hospedeiro e zooplâncton .
São peixes de reprodução pouco conhecida, com ovos e larvas pelágicas e os jovens com menos de 3 cm. São quase idênticos aos adultos. Aparentemente, escolhem o hospedeiro, ainda pequenos.
Alfredo Carvalho Filho é publicitário e biólogo, autor de inúmeros trabalhos científicos, artigos populares e do livro “Peixes Costa Brasileira”. Escreve todo mês sua coluna “Que Peixe é Este” para a revista "Pesca Esportiva".

11 de jul. de 2011

O Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil e um dos maiores do mundo

'Flor de coco'
Foto: Cassius V.Stevani / USP
Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins. Chamado pelos locais de "flor de coco", o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.
"Fiquei sabendo que existiam ainda fungos assim por volta de 2001. Nos anos seguintes, me chegavam relatos de Tocantins e Goiás de um cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz", diz Stevani. "Mas fotografia mesmo vi só em 2005, uma tirada no Piauí", afirma ele, que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo. "As buscas acontecem em noites escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas", explica.
Curiosamente, o cogumelo ainda é conhecido popularmente em várias partes do país como "flor de coco". Existem 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas estão presentes no Brasil . A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz, nem a razão disso.
Uma das teses consideradas é a de que a luz é emitida para atrair insetos noturnos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução. Outra diz que a luz atrai insetos predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.
Fonte: Último segundo Ig

30 de jun. de 2011

A contaminação por mercúrio afeta o comportamento dos íbis brancos tornando-os homossexuais

Foto: Getty Images
Mercúrio alterou comportamento dos íbis brancos, fazendo com que perdessem interesse pelas fêmeas
A contaminação por mercúrio afeta o comportamento dos íbis brancos tornando-os homossexuais, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Flórida, nos Estados Unidos, e do Sri Lanka.

A pesquisa - publicada na revista científica Proceedings of the Royal Society B - tinha o objetivo de descobrir por que as aves se reproduzem menos quando há mercúrio em seus alimentos, mas os resultados surpreenderam até mesmo os cientistas.

"Nós sabíamos que o mercúrio podia reduzir seus níveis de testosterona (hormônio masculino), mas não esperávamos isso", disse Peter Frederick, da Universidade da Flórida, que liderou o estudo. A contaminação por mercúrio - que pode vir da queima de carvão e de lixo, além de minas - é especialmente comum em regiões pantanosas.

Macho com macho
A equipe de pesquisadores alimentou os íbis brancos com comprimidos que continham a mesma concentração de mercúrio encontrada em camarões e lagostins que servem de alimento para as aves em áreas de pântano.

Quanto mais alta a dose de mercúrio nos comprimidos, mais alta era a probabilidade de um íbis macho acasalar com outro macho. De acordo com os cientistas, o estudo prova que o mercúrio pode reduzir drasticamente a reprodução dos pássaros e possivelmente de outros animais.

Ainda não se sabe exatamente como esse mecanismo funciona, mas é sabido que o mercúrio altera os sinais hormonais, o que poderia ter um impacto direto no comportamento sexual mediado por esses hormônios.

Além disso, os machos contaminados com taxas mais altas de mercúrio realizavam menos rituais de acasalamento, o que tornava mais provável que eles fossem "ignorados" pelas fêmeas.

Contaminação
Habitats pantanosos, como o Parque Nacional de Everglades, na Flórida, onde vivem essas aves, são especialmente vulneráveis à contaminação por mercúrio. Bactérias encontradas na lama grossa e com pouco oxigênio alteram quimicamente o mercúrio, criando sua forma mais tóxica: o mercúrio metilado.

Essa substância química atua como uma espécie de impostor biológico, imitando hormônios responsáveis pelos sinais químicos naturais do corpo. Alguns desses sinais são importantes no comportamento sexual.

Eles podem estimular um animal a realizar um ritual de acasalamento ou motivá-lo a copular. "Estamos vendo efeitos muito grandes no comportamento reprodutivo mesmo com baixas concentrações de mercúrio, então nós realmente deveríamos prestar mais atenção nisso", disse Frederick.

Cientistas acreditam que o próximo passo deve ser estudar o comportamento de animais contaminados por mercúrio na natureza.
Reportagem IG

29 de jun. de 2011

Astrônomos descobrem o quasar mais distante já encontrado

                                                  Foto: Gemini Observatory
Objeto mais luminoso observado até agora no Universo vai ajudar a entender como buracos negros supermassivos cresceram
A ilustração do quasar visto de perto mostra o quasar muito quente e brilhante. A luz do quasar está ionizando o gás ao redor, provocando a luz vermelha
Astrônomos europeus descobriram o quasar mais distante descoberto até o momento. A partir das observações realizadas com o telescópio de longo alcance eles captaram a luz de uma galáxia brilhante e antiga, com um enorme buraco negro no centro, uma descoberta que pode ajudar a explicar aspectos das origens do Universo.
Segundo os resultados do estudo, se trata do objeto mais luminoso descoberto até agora no Universo primordial, que é alimentado por um buraco negro que possui dois bilhões de vezes a massa do Sol. O fenômeno, chamado quasar, é formado por galáxias muito distantes e brilhantes e com um poderoso buraco negro no centro.
"Este quasar é uma evidência vital do Universo primordial. É um objeto muito raro que nos ajudará a entender como cresceram os buracos negros supermassivos em poucas centenas de milhões de anos depois do Big Bang", disse Stephen Warren, líder da equipe de astrônomos, em uma nota do ISSO. Segundo uma hipótese, os buracos negros supermaciços levariam bilhões de anos para se formar, uma vez que sugam matéria gradualmente de seu entorno.
Fonte: IG

27 de jun. de 2011

24 grandes cientistas brasileiros escolhidos pela revista Caros Amigos

Fonte:  http://pt.wikipedia.org/


Adolpho Lutz – foi um médico e cientista, pai da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil. Pioneiro na área de epidemiologia e na pesquisa de doenças infecciosas.

Vital Brazil – foi um importante médico imunologista e pesquisador biomédico, de renome internacional.

Sérgio Buarque de Hollanda – foi um dos mais importantes historiadores brasileiros. Foi também crítico literário e jornalista.

Paulo Freire - foi um educador e filósofo. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Anisio Teixeira - foi um jurista, intelectual, educador e escritor. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

Carlos Chagas - foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista, que trabalhou como clínico e pesquisador. Destacou-se ao descobrir o protozoário Trypanossoma cruzi e a tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas. Ele foi o primeiro e o único cientista na história da medicina a descrever completamente uma doença infecciosa: o patógeno, o vetor, os hospedeiros, as manifestações clínicas e a epidemiologia.

Oswaldo Cruz - foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista. Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil.

Nise Silveira - foi uma renomada médica psiquiátrica, aluna de Carl Jung. Dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.

Celso Furtado – foi economista e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo do século XX.

Cesar Lattes – foi um físico brasileiro, co-descobridor do méson pi.

Milton Santos - foi um geógrafo. Apesar de ter se graduado em direito, Milton destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo.

Crodowaldo Pavan – foi biólogo e geneticista. Foi presidente do CNPq de 1986 a 1990. Foi professor-emérito da Universidade de São Paulo.

Mauricio Rocha e Silva – foi um médico, e descobriu a bradicinina usada em medicamentos de controle da hipertensão.

Darcy Ribeiro – foi um antropólogo, escritor e político conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país.

Mario Schenberg - foi um físico, político e crítico de arte de origem judaica. Largamente considerado o físico teórico mais importante do Brasil, Schenberg publicou trabalhos nas áreas de termodinâmica, mecânica quântica, mecânica esatística, relatividade,  astrofísica e matemática.

Florestan Fernandes - foi um sociólogo e político. Foi duas vezes deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores.

Luiz da Câmara Cascudo – foi um historiador,  folclorista,  antropólogo,  advogado e jornalista brasileiro.

Fritz Feigl - foi um militar,  professor, químico e pesquisador austríaco, naturalizado brasileiro. Fritz foi o criador e idealizador da Análise de Toque, uma técnica simples e eficiente na qual provas analíticas são executadas numa só ou em poucas gotas de soluções sem utilizar instrumentação.

Josué de Castro – foi um influente médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político, escritor, ativista brasileiro que dedicou sua vida ao combate à fome. Destacou-se no cenário brasileiro e internacional, não só pelos seus trabalhos ecológicos sobre o problema da fome no mundo, mas também no plano político em vários organismos internacionais.

Gilberto Freyre – foi um sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor, considerado um dos mais importantes sociólogos do século XX.

José Bonifácio - foi um naturalista, estadista e poeta. É conhecido pelo epíteto de “Patriarca da Independência” por ter sido uma pessoa decisiva para a Independência do Brasil.

Graziela Barroso – Naturalista brasileira, a primeira dama da Botânica no Brasil, a primeira mulher a fazer um curso de graduação nesta área no Brasil. Ela teve que superar críticas e preconceitos, para anos depois, voltar aos estudos, decidida a fazer da botânica a sua vida.

Johanna Dobereiner - foi uma engenheira agrônoma pioneira em biologia do solo. A agrônoma Johanna Dobereiner é a sétima cientista brasileira mais citada pela comunidade científica mundial e a primeira entre as mulheres, segundo levantamento de 1995 da Folha de S. Paulo.

Henrique Morize – foi um  engenheiro industrial, geógrafo e engenheiro civil francês, naturalizado brasileiro. Trabalhou também como astrônomo.